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ESPN.com.br
7 de set, 2025, 00:02
A Alemanha estreou com o pé esquerdo nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo. Contra a Eslováquia, saiu derrotada por 2 a 0 e iniciou uma crise nos bastidores antes do duelo deste domingo (7), às 15h45 (de Brasília), contra a Irlanda do Norte.
De acordo com o jornal Bild, o ambiente no vestiário depois da derrota não foi nada bom. O diário publicou que Antonio Rüdiger subiu o tom com os companheiros, chegando a gritar e reclamar da falta de mentalidade entre os principais atletas do elenco alemão.
Em entrevista coletiva, Julian Nagelsmann também cobrou o seu elenco, alegando até mesmo falta de desejo de alguns nomes em defender a seleção.
“Escolhemos os melhores jogadores da Alemanha, mas talvez tenhamos que dar menos importância à qualidade e mais àqueles que dão tudo de si. Não demonstramos nenhuma emoção no nosso jogo hoje (quinta-feira). Em termos de emoção, os adversários estavam quilômetros à nossa frente”, disse.
“Queríamos ir para a Copa do Mundo, mas hoje estávamos quilômetros longe disso. Confio no meu time, mas eles precisam entender que não basta ser simplesmente melhor que o adversário se você não mostrar disposição e vontade. Você não terá resultados com o freio de mão puxado”, completou.
Só que o próprio Nagelsmann não está entre os nomes mais queridos entre os alemães. Lenda do futebol no país, Lothar Matthaus criticou o treinador pela forma como tem feito testes no time.
“A tática e a formação me surpreenderam. Acho que a formação básica deveria ser um 4-2-2-2, o mesmo que Nagelsmann às vezes usava durante sua passagem pelo RB Leipzig. Ele faz muitas mudanças táticas, trocas durante os jogos e constantemente experimenta novas rotinas”, afirmou.
“É claro que uma derrota contra a Eslováquia não pode ser explicada apenas pela tática, mas isso não inspira confiança nos jogadores. Talvez as ideias de Nagelsmann estejam sobrecarregando um ou dois jogadores”, acrescentou.
Outro campeão do mundo alemão que criticou a Nationalelf por sua postura foi Bastian Schweinsteiger, que alegou que sequer acreditou na vitória da equipe pelo comportamento do time em campo.
“Sinto muito. Mas nem por um minuto sequer do jogo acreditei que venceríamos. Nada aconteceu. Foi uma derrota dura. Fomos muito mal. Não demos bons passes, não representamos perigo. Nossa linguagem corporal depois de sair atrás do placar desapareceu imediatamente”, avaliou.
“Se você quer vencer alguma coisa, precisa mostrar resiliência. Preciso pensar: quando foi a última vez que vi torcedores alemães vaiando e dispensando seus próprios jogadores? Isso me machucou muito, muito mesmo. Vocês deveriam ficar felizes se classificarem para a Copa do Mundo”, finalizou.
A Alemanha ainda tem mais cinco jogos para buscar a recuperação no grupo A das eliminatórias. Apenas o líder do grupo se classificará para o Mundial. Será que a classificação está em risco?