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Daniel Servidio e PJ Godoy
25 de set, 2025, 13:13
A torcida do Palmeiras lotou o Allianz Parque na noite de quarta-feira (24) para o duelo de volta das quartas de final da CONMEBOL Libertadores contra o River Plate. Um público de 40.893 presentes viu a equipe paulista vencer os argentinos por 3 a 1 e garantir uma vaga na semifinal da competição continental. Foi uma noite histórica.
Os palmeirenses fizeram festa do início ao fim da partida. Nem mesmo o gol do River Plate logo aos sete minutos de jogo diminuiu a empolgação alviverde. Pelo contrário: a torcida cantou ainda mais forte depois que Salas abriu o placar para os visitantes.
O apoio ao Palmeiras, que havia vencido o jogo de ida por 2 a 1, na Argentina, na última semana, começou ainda antes do apito inicial. Torcedores se reuniram no CT e caminharam junto ao ônibus da delegação até o estádio, em um “corredor alviverde”.
Após a partida, na zona mista, Lucas Evangelista admitiu que, de dentro do ônibus, “até pegou o celular para filmar e mostrar para a família”.
“Ali já vimos o calor da torcida. Passaram muita energia positiva e confiança. Isso acaba refletindo dentro de campo”, disse.
‘Fogo no chiqueiro’
Também antes de a bola rolar, faixas foram estendidas a partir do setor superior do estádio, formando um mosaico com a bandeira do Brasil. Uma outra faixa, abaixo, completava: “O maior campeão do país do futebol”.
O treinador Abel Ferreira, em entrevista coletiva, comentou a importância do apoio da torcida para a equipe não perder o ritmo. Ter saído atrás poderia ter abalado o clima do estádio, o que não aconteceu. Ele usou o termo “chiqueiro”, a forma como a torcida chama o Allianz Parque, para mostrar como o estádio “pegou fogo”.
“Não posso falar só desses jogadores sem falar daquilo que é a energia da equipe, não só dos que jogam, mas também dos que não jogam, da energia do jogo. É fácil perceber quando nossos torcedores estão conosco, você sente isso na pele. Algumas vezes eles cantam os nomes dos jogadores, em outras vezes não cantam. Quando os torcedores estão conosco, todos os torcedores, não só uma parte, quando nossa direção acredita no que o treinador faz, quando o treinador acredita naquilo que os jogadores fazem, quando os jogadores acreditam no treinador, aí estamos mais próximos de fazermos jogos como esse”, iniciou.
“Com essa energia, que dentro do chiqueiro tem, que pega fogo, quando ouvimos nosso hino e começa a arrepiar, estamos preparados para fazermos um grande jogo. Isso nos ajuda”, completou.
Só arbitragem e catimba irritam torcida
Apenas duas situações faziam a torcida do Palmeiras desviar um pouco o foco do apoio na partida contra o River Plate: as reclamações com a arbitragem e a irritação com a catimba dos argentinos.
A atuação do uruguaio Andrés Matonte, responsável pelo apito, irritou os torcedores alviverdes, que xingavam a cada decisão que desagradava. O Allianz Parque vibrou quando o juiz mostrou cartão vermelho para Salas, depois de um suposto segundo amarelo, mas vaiou muito quando ele mudou a decisão, já que o jogador não havia sido punido anteriormente.
A tentativa do River Plate de esfriar a partida enquanto ainda vencia por 1 a 0 também não agradava.
Mas o que ficou depois dos gols de Vitor Roque e Flaco López, que viraram o placar, foi a comemoração pela vaga e a certeza de Abel Ferreira: o “chiqueiro” também ajuda a ganhar jogo.
Próximos jogos do Palmeiras
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Bahia (F) – 28/09, 16h (de Brasília) – Brasileirão
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Vasco (C) – 01/10, 19h (de Brasília) – Brasileirão
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São Paulo (F) – 05/10, 16h (de Brasília) – Brasileirão