
Em um país conhecido pela rara ocorrência de terremotos, a sequência de tremores registrada no Mato Grosso do Sul ao longo de 2025 acendeu um alerta entre cientistas e moradores. Dados da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) indicam que, apenas neste ano, nove abalos foram detectados na região, com magnitudes variando entre 1,6 e 3,5 graus.
O episódio mais marcante ocorreu em maio, na cidade de Sonora, quando um tremor principal provocou pelo menos 16 réplicas em diferentes pontos do estado. Pouco depois, em 3 de junho, Bonito também registrou um abalo que assustou moradores durante a madrugada.
O ecossistema de pesquisa Dakila, com sede em Campo Grande e atuação nacional, iniciou uma investigação para identificar a origem das anomalias que precederam e acompanharam os eventos sísmicos. Segundo a instituição, os sinais se conectam a um fenômeno estudado há décadas: a *Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS)*.
A AMAS é a região onde o cinturão de Van Allen, camada de partículas carregadas que circunda o planeta, chega mais próximo da superfície terrestre. Esse “afundamento” do campo magnético expõe a área a níveis mais elevados de radiação, provocados por prótons energéticos formados quando raios cósmicos colidem com moléculas da atmosfera.
Para Dakila, porém, os efeitos vão além da explicação física. “Não é apenas um distúrbio magnético”, afirma a instituição em nota. “A AMAS representa uma janela energética, uma zona de enfraquecimento eletromagnético que pode influenciar tanto o ambiente físico quanto manifestações antes invisíveis.”
Os pesquisadores apontam que, em áreas de maior incidência da anomalia, o enfraquecimento do campo eletro magnético poderia intensificar alterações geofísicas e climáticas, com impactos diretos sobre seres vivos. Como o corpo humano é formado por fluxos elétricos e campos magnéticos com centros sensíveis na pele, no cérebro e no coração, qualquer variação externa poderia afetar funções vitais, desde a pressão arterial até o ritmo cardíaco e a atividade cerebral.
Enquanto a relação entre a AMAS e os tremores no Mato Grosso do Sul segue em estudo, a sequência de eventos chama atenção para a necessidade de ampliar o monitoramento e compreender melhor as forças invisíveis que atuam sobre o território brasileiro.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.
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