O ex-presidente russo Dmitry Medvedev afirmou que poderia acontecer guerra com armas de destruição em massa em um eventual conflito entre Rússia e países da Europa. O aliado do atual mandatário russo, Vladimir Putin, disse no Telegram nesta segunda-feira (29) outros países do continente não podem “se dar ao luxo de uma guerra com a Rússia”.
“Um conflito desses tem um risco absolutamente real de se transformar em uma guerra com armas de destruição em massa”, disse Medvedev.
A Rússia, disse Medvedev, não precisa de uma guerra desse tipo, inclusive com a “velha e frígida Europa”.
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“Eles simplesmente não podem se permitir uma guerra com a Rússia”, disse Medvedev sobre as potências europeias, acrescentando que “a possibilidade de um acidente fatal sempre existe”.
A declaração vem em reação a acusações de líderes europeus de que o país estaria por trás de drones militares que tem surgido sobre aeroportos e bases militares por toda a Europa.
No sábado (27), a Dinamarca registrou presença dos drones perto de instalações de defesa. O país chegou a fechar seu aeroporto no início da semana pela mesma razão.
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A primeira-ministra do país, Mette Frederiksen, o vinculou os drones aos esforços da Rússia para desestabilizar a Europa. No mesmo dia, o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou durante o seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, que Moscou não tem a intenção de atacar a Europa, mas qualquer agressão ao seu país “será recebida com uma resposta decisiva”.
Muro antidrones
As tensões relacionadas ao uso de drones aumentaram nesta semana. Os ministros de Defesa de países da fronteira leste do bloco europeu organizaram a potencial construção de escudo “antidrones”, em reunião com participação de membros da Ucrânia e da Otan.
A Ucrânia foi alvo, neste fim de semana, do maior ataque de drones já sofrido desde o início da guerra com a Rússia. De acordo com o exército ucraniano, a Rússia lançou 595 drones e 48 mísseis durante a noite e as defesas aéreas abateram 568 drones e 43 mísseis. O principal alvo do ataque era a capital Kiev.
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(com Estadão Conteúdo e Reuters)