
Aos 34 anos, Raphael Blaselbauer é a prova viva de que coragem e propósito podem transformar um sonho em realidade. Formado em Direito pelo Mackenzie, com pós na FGV e agora mestrando na PUC, ele é o tipo de advogado que trocou o “caminho seguro” por uma missão maior: fazer do Direito uma ferramenta de libertação. “A minha trajetória na advocacia não começou com um ideal romântico. Foi com aquela inquietação muito real de perceber que a justiça, embora formalmente acessível a todos, é, na prática, distante demais”, conta ele, com a firmeza de quem vive o que prega.
Mas não pense que foi fácil. Antes de chegar às salas de aula da PUC, Raphael precisou vencer a própria mãe num braço de ferro acadêmico. “Eu queria fazer Direito, mas minha mãe sonhava com Medicina. Então estudei, passei em Medicina só pra provar que podia… e aí fui pro Direito!”, relembra, rindo. O desafio inicial virou combustível para uma jornada ousada.
Logo após a formatura, sem esperar um emprego cair do céu, Raphael montou seu próprio escritório. “Fiquei num limbo. Já tinha passado na OAB, mas ainda era estagiário, ninguém queria me contratar por tão pouco tempo. Falei: vou abrir meu escritório e ver no que dá.” E deu. Com zero indicações e nenhum parente na área jurídica, seus primeiros clientes vieram literalmente da porta da delegacia.
Hoje, seu escritório boutique full service atua em todas as frentes jurídicas, mas é no Direito Penal que Raphael mergulha fundo. “A gente nada em todos os mares: de crimes de sangue a crimes tributários.” E mais: mantém uma frente de atuação pró-bono que já o colocou frente a frente com um dos casos mais marcantes da sua carreira, a morte de Davi, jovem assassinado pela polícia na favela do Jaguaré. “Foi um caso que me chocou. Enfrentar o Estado é algo que exige coragem e estrutura emocional”, confessa.
Raphael não esconde: o maior desafio é diário. “Manter o encantamento com o Direito. Com o tempo, a gente vê tanta coisa que pode desanimar. É preciso coragem e resiliência para não perder a fé na justiça.”
Mesmo em meio aos embates jurídicos, ele guarda um motivo de orgulho que nada tem a ver com vitórias em tribunal. “O agradecimento genuíno de um cliente é o maior orgulho que um advogado pode ter. Ver uma tese defendida ser acolhida pelo tribunal… isso não tem preço.”
Seu próximo passo? “Continuar crescendo sem perder o propósito. A justiça precisa ser acessível, humana e, principalmente, justa.” Se depender de Raphael, coragem e compromisso não vão faltar nessa missão. Afinal, como ele mesmo diz: “Se tem alguém em silêncio sendo oprimido, então eu ainda tenho muito trabalho pela frente.”
Gabriella Vivere
Gabriella Vivere, tem em seu currículo um vasto conhecimento tanto na comunicação, quanto em gestão de empresas. Além de jornalista, em seus mais de 15 anos de experiência em conectar pessoas e empresas, ela também é especialista em vendas, grandes marcas, commodities e mercado internacional. A paixão por comunicação surgiu após trabalhar em uma agência multinacional de notícias. Seu talento e expertise com novos negócios lhe deram visão para ampliar suas conexões e experiências profissionais.