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Victoria Leite
26 de set, 2025, 15:53
O clima foi quente no Corinthians nesta sexta-feira (26). Líderes das principais torcidas organizadas do clube foram ao CT Joaquim Grava para uma reunião com destaques do elenco e também da direção do Timão às vésperas do duelo diante do Flamengo, líder do Campeonato Brasileiro, que acontecerá neste domingo (28), às 16h (de Brasília), na Neo Química Arena.
Integrantes da “Gaviões da Fiel”, “Pavilhão 9”, “Estopim”, “Fiel Macabra” e “Camisa 12” cobraram explicações do elenco, principalmente após a derrota na última rodada para o Sport, a primeira do Leão na Ilha do Retiro em todo o Campeonato Brasileiro, por 1 a 0. Alê, presidente da “Gaviões”, concedeu entrevista à ESPN e explicou o protesto.
Para ele, o time tem um “certo conforto” por estar na semifinal da Copa do Brasil, mas disse que o elenco tem “escolhido as partidas que vão correr mais”, além de alegar “falta de raça” do plantel, exigindo uma mudança de postura para a partida contra o Flamengo.
“Ele (Dorival) vai ter um certo conforto para disputar a Copa do Brasil. Estamos na disputa por decisões importantes. Nós viemos aqui por conta daquilo que vimos contra o Sport, que foi lamentável, tudo o que envolveu a partida em si. Falta de vontade. Os jogadores falam que não, mas nós temos uns pensamentos de que eles escolhem jogos que vão correr mais e outros menos”, iniciou.
“Sabemos que vai ser um jogo difícil contra o Flamengo, mas o que a gente cobra muito é: têm derrotas, dependendo do jeito que for, se tiver a representatividade da nossa história, com raça, que é a nossa principal característica e nunca podemos perder isso. Se tiver essa representatividade, dependendo até de como for essa derrota, o corintiano até a aceita”.
“Mas o que aconteceu contra o Sport foi lamentável, contra o lanterna do campeonato. Agora vamos pegar o líder do campeonato. O que falamos para eles foi que, às vezes, pela técnica pode não dar, mas mais raça que a gente esses caras (o Flamengo) não vão ter. Os jogadores nos prometeram comprometimento”, explicou.
A direção do Corinthians não passou ilesa. À ESPN, Alê contou que Osmar Stábile, presidente em exercício do Alvinegro, dará uma coletiva nos próximos dias para esclarecer polêmicas recentes com relação às negociações da renegociação da dívida do clube com a Caixa com relação ao estádio, além de pedir que os cartolas deixem claro que o Timão não tem dinheiro.
“Até o presidente estava aí. Fizemos algumas perguntas que tínhamos para fazer a ele, até em relação à polêmica dessa semana de que o Andrés Sanchez esteve presente na reunião importante com a Caixa. Ele falou que vai dar uma satisfação à imprensa. Não adianta só dar essa satisfação a nós, tem que dar para vocês da imprensa e para o corintiano, em geral”.
“A gente entende hoje que o Corinthians não tem dinheiro. E por mais óbvia que essa situação seja, eles têm que falar para a torcida que o Corinthians não tem dinheiro. Sobre o transferban também. Mas querendo ou não, o salário está em dia. Então, o que a gente pede, é que os jogadores corram minimamente e que representem essa camisa”.
“Nossa história diz por si. Muitas vezes não tivemos grandes jogadores, mas a raça se sobressai à técnica. É isso que queremos dos jogadores, que eles representem a nossa camisa. E que a gente tenha o mínimo de conforto para a Copa do Brasil e, quem sabe, buscar uma vaga direta na Libertadores”, finalizou.
Próximos jogos do Corinthians:
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Flamengo (C) – 28/09, 20h30 (de Brasília) – Brasileirão
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Internacional (F) – 01/10, 19h30 (de Brasília) – Brasileirão
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Mirassol (C) – 04/10, 21h (de Brasília) – Brasileirão