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Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
22 de jul, 2025, 09:16
Muita gente sonha em ter um dia um carrão importado, cheio de luxos, acessórios e tecnologia.
Como comprar um zero quilômetro é para poucos, alguns apostam em modelos alemães com 10 ou 15 anos de uso.
O carro ainda pode impressionar. Alguns vizinhos podem ficar até com inveja.
No começo, o carrão parece uma maravilha, deixando os modelos novos populares parecendo carroças.
Mas, se você precisa do carrão para o uso diário, rodando muitos quilômetros, o sonho logo vira um grande pesadelo.
É justamente o que acontece com o Corinthians e o holandês Memphis Depay.
Memphis nem chegou a ser um carrrão top no seu auge na Europa. Mas claro que, para os padrões atuais do futebol brasileiro, é um “modelo de luxo”.
Quando chegou no Parque São Jorge, sua técnica e carisma foram como a construção refinada e os acessórios de luxo de um carro top europeu.
O holandês foi essencial para o Corinthians não cair no Brasileiro. Também teve boa participação na conquista do Campeonato Paulista.
Só que, assim como o carro de luxo europeus com 15 anos de uso, ele não é para uso diário.
No caso do carro, a manutenção custa uma fortuna. O desgaste é rápido. As idas ao posto de gasolina são frequentes.
É o que acontece com Memphis no Parque São Jorge.
Ele tem o maior salário do futebol brasileiro. O desgaste com o calendário inchado do futebol brasileiro é evidente. E, para piorar, ele mesmo parece ter desistido do Corinthians.
O Corinthians já percebeu que fez com Memphis o que acontece com o sujeito que compra um carro de luxo com muitos anos de uso: um sonho que virou um péssimo negócio.