Presidente do Conselho do Corinthians diz que clube precisa ‘renascer das cinzas’: ‘Queremos ser o Flamengo’ (0:55)
Romeu Tuma Jr. falou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1) (0:55)
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Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
4 de ago, 2025, 10:29
Perdido na maior crise financeira e moral da sua história, os cartolas corintianos fazem agora uma tola discussão se o clube deve seguir o caminho do Flamengo.
Começou com o presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr..
“Eu não vou fechar o caixão. O Corinthians precisa virar a página e renascer das cinzas. Quero voar com águia, queremos ser o Flamengo e vamos ser”, afirmou o dirigente, ao destacar a urgência de uma transformação profunda no clube.
A declaração de Tuma causou polêmica no Parque São Jorge.
Augusto Melo, o presidente afastado, partiu para o ataque.
“Patética (entrevista do Tuma). Ele que vá para o Flamengo. Ridículo. O Corinthians é muito maior que o Flamengo. É o desespero dele, ele sabe que a gente vai voltar dia 9 (dia da votação). É patético isso, fico envergonhado”, disparou.
O presidente em exercício e a “Gaviões da Fiel” também atacaram Tuma.
Não é nada inteligente desprezar o modelo do Flamengo, que de piada administrativa virou modelo de gestão e pode se dar ao luxo de gastar uma montanha de dinheiro em reforços e ter uma dívida equacionada.
Mas pedir inteligência é algo como um milagre para quem comanda o Corinthians há décadas.
O mais triste é saber que o Corinthians já copia o Flamengo, mas no momento mais trágico da história rubro-negra.
Recentemente, o Cuiabá atacou duramente o Corinthians pelo calote aplicado na compra do volante Raniele.
Em 2001, era o Corinthians que publicamente detonava os calotes do Flamengo.
Depois de ficar sete meses sem receber do rubro-negro as parcelas da venda do atacante Edílson “Capetinha”, o Corinthians foi à Justiça para receber.
“O Corinthians quer receber o que o Flamengo lhe deve. Se o Flamengo não puder pagar, vamos exigir que seja cumprido o que foi acertado no contrato: a cessão de Juan e de Reinaldo”, disse na época Antônio Roque Citadini, então vice-presidente corintiano, ameaçando até tirar jogadores do rubro-negro por causa do calote.
O Flamengo passou anos dando calotes, não pagando funcionários, colhendo resultados medíocres.
Acumulou uma dívida que parecia impagável.
O Corinthians faz tudo isso até em escala maior, com uma presença nas páginas policiais que envergonha o clube.
Achar que se inspirar no Flamengo é um pecado é burrice demais.