
Perder um processo trabalhista pode gerar consequências financeiras, mas nem sempre o pagamento imediato é obrigatório, especialmente quando há dificuldades econômicas comprovadas.
O que ocorre após a derrota em uma ação trabalhista?
Quando o trabalhador ou a empresa perde a causa, a parte vencida pode ser condenada a arcar com custas processuais, honorários de sucumbência e, em alguns casos, multas por litigância de má-fé.
Contudo, o cumprimento dessas obrigações depende da capacidade financeira da parte e do que foi determinado na sentença.
Em casos de pessoas físicas, é possível solicitar a gratuidade de justiça, que pode isentar o pagamento de custas e honorários, mesmo após a derrota no processo.
E se não houver dinheiro para pagar?
Quando a parte não tem recursos, o advogado trabalhista pode entrar com um pedido de isenção ou parcelamento, dependendo das condições financeiras do cliente.
Se não for possível quitar o valor, o processo pode entrar em fase de execução, com tentativas de penhora de bens ou valores.
No entanto, o juiz só autoriza essas medidas se houver indícios de patrimônio disponível. Caso contrário, o processo pode ser suspenso por até dois anos.
Após esse período, se nada for localizado, a dívida pode ser considerada prescrita judicialmente, desde que não haja nova tentativa de cobrança.
Existe prisão por não pagamento?
Não. Dívidas oriundas de processos trabalhistas não geram prisão, pois são de natureza civil, não criminal.
A única exceção em que o não pagamento pode levar à prisão é em casos de pensão alimentícia, o que não se aplica a ações trabalhistas.
Mesmo diante da condenação, o devedor tem direito à ampla defesa e pode se manifestar durante todo o processo de execução.
Por isso, contar com um advogado é essencial para conduzir esse momento com estratégia e equilíbrio legal.
O que diz o Escritório Magalhães & Gomes Advogados?
Segundo o Escritório Magalhães & Gomes Advogados, “quando o cliente não tem condições financeiras, é dever do advogado buscar alternativas jurídicas que evitem constrangimentos e garantam seus direitos”.
Esse tipo de atuação é fundamental para que pessoas em situação de vulnerabilidade não sejam penalizadas de forma desproporcional após uma derrota judicial.
A atuação do advogado, nesse contexto, protege o cidadão e ajuda a manter o processo dentro dos limites legais e humanos.
Como agir após perder uma causa?
O primeiro passo é conversar com o advogado para entender os impactos reais da sentença e as obrigações financeiras envolvidas.
Depois, é possível negociar valores, pedir parcelamento ou apresentar provas de que não possui bens ou renda suficiente.
Tomar atitudes precipitadas pode piorar a situação. Por isso, seguir as orientações jurídicas é a melhor maneira de evitar prejuízos maiores.
Tiago da Silva Candido
Colunista de portais como Correio Braziliense, Tonafama, F5 online e Imprensa e Midia e mais 1500 sites.