Os contratos de minidólar (WDOV25), com vencimento em outubro, fecharam a última sessão (18/09) em leve baixa de 0,11%, cotados a 5.321 pontos, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior após o corte de 0,25 ponto nos juros do Federal Reserve, que sinalizou mais duas reduções até o fim do ano. A decisão reforçou a percepção de enfraquecimento do dólar globalmente, mas o movimento foi limitado pela manutenção da Selic em 15% pelo Copom, fator que sustenta a atratividade do real. No acumulado de 2025, a divisa ainda recua 13,91%.
Para os traders de dólar, a sessão foi marcada por volatilidade: o real chegou a se valorizar pela manhã, mas perdeu força ao longo do dia, acompanhando a pressão externa. O cenário segue influenciado pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA, que tende a atrair fluxos ao mercado local, mas a cautela prevalece diante das expectativas de novos cortes pelo Fed e da postura firme do Banco Central brasileiro.
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Análise do gráfico de 15 minutos
No curtíssimo prazo, o minidólar voltou a trabalhar no negativo, negociando entre as médias de 9 e 21 períodos, o que reforça a disputa entre compradores e vendedores. Para que consiga retomar a alta, será necessário romper a resistência em 5.329/5.334, abrindo espaço para 5.343/5.355 e depois 5.370,5/5.380.
Caso perca o suporte em 5.320/5.310, o movimento de baixa pode acelerar em direção a 5.298,5/5.287 e, em extensão, 5.278/5.259.
No gráfico diário, a leitura também sugere fragilidade. O contrato formou um spinning top, reforçando a disputa entre os lados, mas ainda sob viés de baixa. Importante destacar que a mínima do ano foi renovada em 5.284,5 pontos na última sessão — se esse nível for perdido, as quedas podem se intensificar até 5.240/5.218.
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Para buscar recuperação, será necessário romper a região de 5.334/5.340, abrindo espaço para 5.371,5/5.400. O IFR (14) está em 28,59, em sobrevenda, o que pode favorecer repique técnico de curto prazo.

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Dólar futuro (WDOV25): Gráfico de 60 minutos
No horizonte de 60 minutos, o minidólar fechou novamente em baixa, confirmando o fluxo vendedor, embora ainda oscile próximo das médias de 9 e 21 períodos.
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Para reagir, será preciso romper a faixa de 5.334/5.343, o que abriria caminho para 5.380/5.399 e, em continuidade, 5.431,5/5.449.
Do lado oposto, se perder o suporte em 5.310/5.284,5, o fluxo vendedor tende a se intensificar, mirando 5.278/5.246 e depois 5.218/5.208 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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