O Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) virou, na manhã dessa quarta-feira (25), palco de boas-vindas ao programa Mais Ciência na Escola, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct). Professores, alunos bolsistas e representantes do município se reuniram para dar partida a uma temporada de projetos e descobertas que vai até dezembro, fortalecendo a pesquisa e a inovação dentro das salas de aula.
O público foi surpreendido por uma “apresentação científica performática”, conforme classificou a coordenadora do programa, Carla Salles, quando alunos da E.M. Frederico Paes Barbosa, trajando jalecos de cientistas, compartilharam suas experiências e enfatizaram que “ciência começa com perguntas, mas não tem fim com a curiosidade”. Ao final, bolsistas atuais e ex-bolsistas subiram ao palco para expressar orgulho em pertencer ao programa.
A mesa de autoridades contou com a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto; a reitora da Uenf, Rosana Rodrigues; e o presidente da Tec Incubadora, Henrique da Hora. Rosana Rodrigues precisou se ausentar para cumprir outro compromisso, mas foi representada pelo vice-reitor da Uenf, Fábio Olivares.
Henrique da Hora elogiou a postura dos participantes. “A valorização da ciência se faz com programas como o Mais Ciência na Escola. É emocionante ver essa nova geração de pequenos cientistas em formação”. Em seguida, pediu aos professores presentes que se levantassem para serem aplaudidos por sua dedicação.
A reitora Rosana Rodrigues pediu que os bolsistas subissem ao palco e afirmou: “Que este momento fique na cabeça de estudantes e professores, para que entendam que isso é uma realidade que veio para ficar. É uma oportunidade para todos e todos devem se apropriar desses espaços onde a Educação e a Ciência são fortalecidas”.
Tânia Alberto apontou que mais de 30% das escolas da rede municipal integram o Programa Mais Ciência na Escola atualmente. “O programa é parte fundamental de uma estratégia integrada que transformou a rede municipal de Campos dos Goytacazes. Evoluiu de um pequeno projeto de incentivo à pesquisa para uma política consolidada, com centenas de bolsas, suporte técnico, laboratórios equipados, financiamento significativo e reconhecimento nacional como modelo de inovação”. A secretária anunciou ainda que está concentrando esforços para que o valor das bolsas do programa aumente em 2026.
Carla Salles destacou o crescimento expressivo do programa. “Esta é a quinta edição do Mais Ciência na Escola, com 107 projetos aprovados, envolvendo 81 professores, 36 escolas e quase 400 alunos. Tivemos um marco: saímos de 70 projetos no ano passado para 107 em 2025. É uma satisfação muito grande poder contribuir para uma formação cada vez melhor desses futuros cientistas”.
Reforço para o conhecimento
O Mais Ciência na Escola nasceu em 2021, quando a antiga Secretaria de Educação, Cultura e Esporte foi transformada em Seduct, integrando ciência e tecnologia à gestão educacional. Naquele ano, também foi lançado o Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE), que instituiu laboratórios de ciência, robótica, formação continuada e parcerias com IFF e universidades.
Dentro do PAE, surgiram os editais Startup Campos, Mais Ciência e Mais Ciência na Escola. Em 13 de abril de 2024, o escopo foi ampliado para 70 projetos e 265 bolsas. Com a edição de 2025, o programa alcança 107 projetos e quase 500 bolsas, consolidando-se como política pública inovadora, capaz de transformar a rede municipal de ensino e inspirar modelos nacionais.
Cada projeto aprovado no edital nº 04/2025 pode envolver até três professores orientadores e três estudantes bolsistas. Para 2025, o programa destina R$ 200 mensais a cada estudante de Iniciação Científica Júnior, R$ 500 mensais a cada professor orientador e uma taxa de bancada de R$1.000 — dividida em duas parcelas de R$ 500, na aprovação e ao final do quarto mês.
Além do valor financeiro, o edital permite que cada docente apresente até três propostas, incentivando o desenvolvimento de projetos em áreas como Ciências da Natureza, Humanas, Matemática, Linguagens, Tecnologias Digitais e Educação Especial Inclusiva. Em 30% das iniciativas, o tema Diversidade e Equidade é obrigatório, ampliando o escopo social do programa.