O TRXF11 (TRX Real Estate) é um dos maiores fundos imobiliários de tijolo listados na B3, com foco principalmente em imóveis voltados ao varejo. O portfólio reúne 74 ativos espalhados por 12 estados, com forte presença em São Paulo, além de contratos atípicos de longo prazo com inquilinos como GPA, Assaí, Leroy Merlin, Sam’s Club, Decathlon e até o Hospital Albert Einstein.
Hoje, o fundo administra um patrimônio superior a R$ 4 bilhões e mantém guidance (projeção de distribuição) de dividendos entre R$ 0,90 e R$ 0,93 por cota até dezembro.
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Para dimensionar o efeito do reinvestimento de dividendos no FII, o InfoMoney em parceria com a Economatica fez uma simulação com R$ 50 mil aplicados no TRXF11 desde setembro de 2024.
O estudo comparou dois cenários: reinvestindo ou não os dividendos pagos ao longo deste período.

No primeiro cenário, com reaplicação integral dos proventos, o investidor teria hoje R$ 52.928, resultado equivalente a um ganho de 6,02%.
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Já quem apenas recebeu os proventos, sem reinvesti-los, teria visto o valor aplicado cair para R$ 46.362 — uma perda de 7,13%.

O FII acumula uma rentabilidade histórica de 73,27% desde sua estreia na B3 — contra 11,41% do IFIX — fora isso, a disciplina no reinvestimento é fator decisivo para potencializar os ganhos do cotista.
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O que o mercado pensa do FII?
Para Gustavo Moreira, especialista em investimentos (CEA) e assessor de investimentos, o fundo tem uma estratégia clara e bem definida. “O TRXF11 investe em imóveis estratégicos, grandes lojas, galpões, escolas e até hospitais, com contratos longos, o que garante previsibilidade de receita”, afirma.
Outro ponto destacado por Moreira é a postura ativa da gestão. “Não é um fundo parado. A gestão compra e vende ativos quando faz sentido e vem reduzindo a alavancagem para manter o fundo saudável financeiramente”, observa. Segundo ele, a diversificação geográfica e setorial também é um diferencial, pois dilui riscos e dá mais segurança ao investidor.
Na visão do especialista, a execução da estratégia tem sido consistente. “Para quem já tem o TRXF11 na carteira, eu acredito que vale manter, pois o histórico de dividendos é sólido e a estratégia vem sendo bem executada”, analisa. Ele também avalia que pode ser uma boa oportunidade de entrada quando a cota está próxima ou abaixo do valor patrimonial.
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TRXF11 foi tema do Liga de FIIs
Durante o Liga de FIIs, programa do InfoMoney, Gabriel Barbosa, gestor do TRXF11, avaliou que fundos de renda urbana reúne imóveis bem localizados em grandes centros urbanos que não se enquadram nas classificações tradicionais de FIIs, como shoppings, lajes corporativas ou galpões logísticos.
Na ocasião, ele explicou que o TRXF11 se inseriu justamente nesse nicho ao atuar com lojas de varejo alimentício.
Entre os diferenciais, os FIIs oferecerem uma estruturação financeira mais flexível, contratos de longo prazo e pacotes de imóveis que conseguem entregar valor tanto para o varejista quanto para o cotista do fundo. “Geralmente o varejista quer o ponto mais caro e estratégico da cidade. O terreno tem um peso muito relevante e tende a se valorizar bastante ao longo do tempo”, diz Barbosa.