A Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira (18) a prisão temporária de Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, apontado como um dos envolvidos na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em Praia Grande. O ex-delegado, que tinha 64 anos, foi assassinado na última segunda-feira (15) por um grupo de criminosos armados com fuzis.
Na madrugada desta quinta-feira (18), Dahesly Oliveira Pires foi detida sob suspeita de ter buscado uma arma utilizada no crime. Outros três homens, incluindo Luiz Miranda, ainda estão sendo procurados pela polícia.
As investigações indicam que Luiz Miranda teria ordenado que Dahesly fosse até a Baixada Santista para buscar uma das armas usadas na execução.
Entre os suspeitos, Felipe Avelino da Silva, conhecido como Masquerano, possui histórico criminal ligado ao PCC, com passagens por roubo e tráfico de drogas. Dahesly também tem antecedentes por tráfico, enquanto Luiz já foi preso por porte ilegal de arma.
Segundo Derrite, a identificação dos suspeitos foi possível graças a material genético encontrado em veículos abandonados após o crime.
Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, há evidências claras de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está envolvido no caso, embora a motivação exata ainda esteja sendo apurada.
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O secretário ressaltou que a execução pode estar relacionada tanto à atuação do ex-delegado no combate ao crime organizado quanto ao seu trabalho recente como secretário da Administração em Praia Grande.
Ruy Ferraz Fontes foi responsável pela prisão de uma das principais lideranças do PCC, o que pode ter motivado a retaliação.