O governo Trump intensificou sua campanha contra a Universidade de Harvard nesta sexta-feira, impondo novas restrições à capacidade da instituição da Ivy League de acessar fundos federais para auxílio estudantil, citando preocupações sobre a “posição financeira” da universidade mais antiga e rica dos Estados Unidos.
O Departamento de Educação dos EUA informou que colocou Harvard sob “monitoramento financeiro reforçado”, o que significa que a universidade sediada em Cambridge, Massachusetts, precisará usar seus próprios recursos para desembolsar o auxílio federal aos estudantes antes de sacar os fundos do departamento.
O órgão também exige que Harvard apresente uma carta de crédito no valor de US$ 36 milhões para garantir o cumprimento de suas obrigações financeiras.
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Em uma carta separada enviada à universidade, o Departamento de Educação advertiu que seu Escritório de Direitos Civis pode tomar medidas adicionais contra Harvard, caso a instituição não forneça mais documentos para avaliar se está considerando ilegalmente a raça em seu processo de admissão.
A universidade não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Harvard, que possui um fundo patrimonial de US$ 53 bilhões, nunca indicou estar à beira de uma crise financeira.
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No entanto, nos últimos meses, realizou demissões e cortes de gastos após o governo Trump lançar uma campanha usando o financiamento federal para pressionar mudanças na instituição e em outras universidades, que, segundo o presidente, estariam dominadas por ideologias antissemitas e de esquerda radical.
Em julho, Harvard afirmou que o impacto combinado das recentes ações federais em seu orçamento poderia chegar a US$ 1 bilhão por ano. A universidade recorreu à Justiça em algumas dessas ações, o que levou um juiz a decidir neste mês que o governo havia encerrado ilegalmente mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas a Harvard.
O governo Trump tem pressionado Harvard a fechar um acordo. Durante uma recente reunião de gabinete, o presidente afirmou que Harvard deveria pagar “nada menos do que US$ 500 milhões”, pois “tinha sido muito ruim”.