O mercado de fiagros – fundos que investem nas cadeias produtivas da agroindústria – viveu em agosto o mês mais aquecido em quase um ano. O volume negociado atingiu R$ 561,8 milhões, alta de 57% em relação a julho e o maior patamar desde outubro de 2024, segundo dados da B3 divulgados na segunda-feira (15).
A média diária de negociações também disparou, chegando a R$ 26,8 milhões, contra R$ 15,6 milhões no mês anterior. Esse foi o maior nível desde fevereiro deste ano, quando o indicador havia ficado em R$ 27,2 milhões.
O movimento acontece em um momento de recuperação do setor, após crise desencadeada por pedidos de recuperação judicial de grandes empresas como a Agrogalaxy, e em meio à expectativa pela votação da medida provisória (MP) 1.303/2025, editada pelo governo federal em junho deste ano
A proposta, que foi alvo de críticas, prevê a tributação de 5% em cima de dividendos de fiagros e Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), até então isentos, além da redução da alíquota de imposto de renda (IR) sobre ganhos de capital de 20% para 17,5%.
O Congresso tem até 8 de outubro para decidir sobre a medida. Caso seja aprovada, as novas regras só valerão para cotas emitidas a partir de 1º de janeiro de 2026.
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Investidor pessoa física
Os dados da B3 mostram que o varejo é protagonista nesse mercado. Pessoas físicas representaram 80,4% do volume negociado em agosto, seguidas por investidores estrangeiros (11,4%), institucionais (5,3%), instituições financeiras (2,3%) e outros (0,5%).
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Apesar da forte presença do investidor pessoa física, a quantidade de CPFs ativos recuou 0,4% em relação a julho. O total de investidores com posição em custódia (tanto de varejo como os outros) caiu de 549,7 mil para 547,7 mil. O estoque de Fiagros se manteve em R$ 10,9 bilhões.
Os fiagros mais negociados em agosto
A B3 também mostrou no boletim quais foram os fiagros mais negociados em agosto e quais foram os mais rentáveis.
Fiagros mais negociados em agosto:
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Fiagros mais rentáveis em agosto:
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Riscos dos fiagros
Assim como qualquer produto financeiro, os fiagros também tem riscos. O setor agro é sazonal, o que pode afetar o rendimento. Além disso, o segmento é vulnerável a riscos climáticos e às cotações das commodities no mercado internacional. Tudo isso faz faz com que o potencial de volatilidade seja elevado.
