O escritor Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, voltou ao centro das atenções após celebrar publicamente o assassinato do comentarista norte-americano Charlie Kirk. Apesar da polêmica, ele mantém projetos com o governo federal que totalizam cerca de R$ 4,7 milhões.
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O contrato mais relevante foi firmado em janeiro deste ano entre sua empresa, Pen Publicações Ltda, e a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 3,27 milhões, para atualização de duas obras de sua autoria sobre a história do banco: Caixa Uma História Brasileira (2002) e Caixa 150 anos de uma História Brasileira (2010). Em maio, houve um aditivo de R$ 434 mil para incluir a “versão final em português”, elevando o montante para R$ 3,7 milhões.
Já em setembro de 2024, a editora assinou contrato com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) no valor de R$ 111 mil, para fornecimento de livros no âmbito do PNLD da Educação Infantil. Três meses depois, o contrato foi reajustado em 24,99%, passando para R$ 138,8 mil.
Além disso, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 862,5 mil para a produção de um livro e um documentário sobre os 50 anos da TV Educativa do Rio Grande do Sul (TVE-RS), com direção de Gustavo Mittelmann.
Bueno também integra o Conselho Editorial do Senado, posição que lhe garantiu passagens custeadas pela Casa em 2022, no valor de R$ 6,4 mil, para agendas do bicentenário da Independência. A presença dele nesse colegiado já gerou reação política: o senador Rogério Marinho (PL-RN) formalizou pedido de sua expulsão.
As revelações reacenderam o debate sobre a utilização de recursos públicos em contratos culturais e editoriais, principalmente diante das declarações recentes do escritor.