Com primeiro tempo arrasador, Cruzeiro derrota o Botafogo e encerra sequência negativa no Brasileirão; VEJA (3:29)
Botafogo e Cruzeiro se enfrentaram pela 18ª rodada do Brasileirão (3:29)
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Francisco De Laurentiis e Yasmin Torres
4 de ago, 2025, 17:04
Sócios da Eagle Football Holdings processaram a SAF do Botafogo para impedir que o dono do clube, John Textor, tome decisões sem consultar a empresa.
A ESPN teve acesso à ação, que tramita na 2ª Vara Empresarial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), e mostra abaixo os detalhes.
De acordo com os autos, a empresa afirma que se faz “evidente a necessidade de atuação do Poder Judiciário para preservar o status quo e impedir a consumação de atos geradores de prejuízo de dificílima reversão” por parte de Textor na SAF alvinegra.
Ao juízo, a Eagle pede que a Justiça impeça “a concretização de atos ilícitos orquestrados” pelo empresário norte-americano, afirmando o magnata pode causar “danos irreparáveis” ao clube e ao grupo.
“Se não se impuserem freios, o Sr. Textor continuará a causar irreparáveis danos à Eagle e ao Botafogo, sobretudo por meio da iminente diluição da participação da Eagle no Botafogo e a concretização de operações complexas e lesivas, com terceiros, em jurisdições estrangeiras”, escreveram.
“Por isso, as medidas ora pleiteadas foram cuidadosamente delimitadas para se evitar a ocorrência de violações aos direitos da Eagle e do Botafogo, e substanciosos danos ao patrimônio deles, até que o Tribunal Arbitral competente seja constituído e possa julgar a disputa”, complementaram.
Os pedidos da Eagle à Justiça são os seguintes:
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Suspensão dos efeitos da Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas do Botafogo de 17 de julho de 2025 e da Reunião do Conselho de Administração do Botafogo de 17 de julho de 2025, bem como de todos os negócios jurídicos subsequentes supostamente baseados nessas deliberações;
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Proibição de que sejam promovidos atos societários ou deliberações no Botafogo sem a devida representação da Eagle por meio de seu Diretor Independente devidamente constituído, Donald William Christopher Mallon;
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Proibição de emissão e registro de novas ações do Botafogo;
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Proibição de celebração de contratos ou negócios jurídicos entre o Botafogo e pessoas, jurídicas ou físicas, relacionadas a Textor.
Ainda segundo o grupo, Textor “atuou em conflito de interesses” em 17 de julho de 2025, na Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas e na Reunião do Conselho de Administração, ao “vincular as receitas do Botafogo a uma nova empresa constituída, pelo mesmo Textor, nas Ilhas Cayman”, além de “diluir a participação acionária da Eagle“.
Em decisão, o juiz Marcelo Mondego de Carvalho Lima determinou que o caso não siga em segredo de Justiça e determinou citação e intimação dos réus para que, no prazo de cinco dias, se manifestem sobre a competência do juízo para o caso, bem como sobre as questões da liminar.
Vale lembrar que, na semana passada, uma outra ação na Justiça, esta da 3ª Vara Empresarial do TJ-RJ, congelou as ações da Eagle na SAF do Botafogo, obrigando ainda a rede multiclubes a pagar o valor de R$ 152.550.770,56 ao Alvinegro.
Com o despacho, Textor seguiu no comando do Botafogo, uma vez que a decisão congelou temporariamente qualquer mudança no controle do Alvinegro.
Posteriormente, a ESPN ainda revelou outros movimentos nos bastidores do clube, como um empréstimo milionário feito pelo empresário grego Evangelos Marinakis a Textor para que o norte-americano consiga desvincular o Fogão da Eagle, registrando a SAF do clube na nova empresa das Ilhas Cayman.
Como mostrou a reportagem, o empréstimo é conversível – ou seja, se o norte-americano não pagar, o grego se tornará dono da SAF botafoguense juridicamente.
Próximos jogos do Botafogo
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Red Bull Bragantino (F): 6/8, 19h (de Brasília) – Copa do Brasil
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Fortaleza (F): 9/8, 20h30 (de Brasília) – Brasileirão
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LDU (C): 14/8, 19h (de Brasília) – CONMEBOL Libertadores