O dia 21 de setembro marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, data que chama atenção para a inclusão, combate ao preconceito e valorização dos direitos. Em Campos, a reflexão também se estende ao ato de doar sangue, gesto que salva vidas e pode ser realizado por Pessoas com Deficiência (PCD), desde que estejam dentro dos critérios de saúde exigidos.
Exemplo disso é o servidor público aposentado João José Nunes, de 67 anos. Deficiente visual desde os 10 anos de idade, João é doador assíduo e faz questão de incentivar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho. “Não é preciso ver para enxergar o próximo. Eu incentivo e peço: doem sangue ou tragam um amigo para doar”, comentou.
João é pai e avô, e carrega consigo a lembrança de que, apesar da deficiência, recebeu de Deus o privilégio de guardar memórias. Para ele, a solidariedade é uma forma de retribuir.
Segundo a assistente social do Hemocentro Regional de Campos, Maria Gonçalves, não há qualquer impedimento para que pessoas com deficiência façam doações, desde que atendam às condições necessárias. “Estando dentro dos critérios de saúde e gozando de boas condições, a doação é possível. O que importa é o gesto de solidariedade”, explicou.
Onde doar
O Hemocentro Regional de Campos funciona todos os dias, das 7h às 18h, inclusive sábados, domingos e feriados. A unidade fica na Rua Rocha Leão, nº 2, bairro Caju, anexa ao Hospital Ferreira Machado. Solicitações para a visita da Unidade Móvel podem ser feitas pelos telefones (22) 98173-0463 e (22) 98175-2599, das 8h às 17h, ou pelo e-mail socialhemo2021@gmail.com.
Quem pode doar
Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 60 anos (ou até 69, se já houver histórico de doação antes dos 60); pesar mais de 50 kg; apresentar documento oficial com foto; estar descansado, em boas condições de saúde e ter feito refeição leve nas três horas anteriores; não ter praticado atividade física intensa nas cinco horas que antecedem a coleta. O intervalo entre as doações é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.