-
Kaique Lopreto, de El Alto (BOL), e Yasmin Torres, de São Paulo (SP)
8 de set, 2025, 01:00
A seleção brasileira encerra sua participação nas eliminatorias nesta terça-feira (9), às 20h30 (de Brasília), contra a Bolívia, adversário que jamais sairá da memória de um atacante que hoje defende o Uberlândia, da Série D do Brasileirão.
O ano era 2013 quando o jovem Leandro, então artilheiro do Palmeiras, brilhava na segunda divisão e recebeu a primeira – e única – chance da carreira de vestir a Amarelinha.
Na época, o técnico Luiz Felipe Scolari convocou apenas atletas que atuavam no Brasil para um amistoso contra a Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, cidade que, por sinal, foi a casa da seleção na conquista da Copa América de 1997.
O atacante, que já tinha disputado o Sul-Americano sub-20, foi lembrado por Scolari para defender a seleção principal. E, mesmo contestado por muitos, o palmeirense correspondeu.
Do banco de reservas, Leandro viu Neymar fazer dois gols e Leandro Damião outro. Até que, aos 32 minutos do segundo tempo, o garoto foi chamado para substituir ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho.
”Entrar no lugar do Ronaldinho também é uma responsabilidade muito grande. Na época eu tinha meus 19 anos e substituía não só o meu ídolo, mas o ídolo de toda uma nação”, lembrou Leandro em entrevista exclusiva à ESPN.
Mesmo com toda pressão de entrar na vaga de seu ídolo, o jovem recebeu de Osvaldo e fechou a goleada em 4 a 0, já nos acréscimos, um momento emocionante e inesquecível na carreira.
”Desde o momento da convocação, eu já estava vivendo um sonho. Poder estar concentrado, treinar, viajar e viver aquele momento foi um sonho para mim. Só de estar ali, podendo cantar o hino com a camisa da seleção, para mim já valeria muito a pena. E fui coroado com o com o gol. Foi a realização de um sonho que nunca imaginei que pudesse realizar”, lembrou o atacante.
‘Fiquei concentrado com o Neymar’
Durante a concentração, Leandro ainda passou por outro momento que jamais imaginava, ainda mais aos 19 anos: dividir quarto com Neymar. Só que a timidez impediu um contato maior.
Leandro destacou a simpatia do então jovem astro do futebol brasileiro e revelou que contou com respaldo de Neymar desde então.
”Eu sempre fui muito tímido, não falava nada. Ele também ficava quieto na dele, mas sempre me deu muita moral. Ele puxava algum assunto às vezes e eu só respondia. Nem tirei foto nem nada. Depois, ele me deu o número dele e disse que se eu precisasse, podia chamar e tudo mais”, contou.
‘O meu desejo é parar, mas…’
Depois de passagens por Grêmio, Palmeiras, Santos, Coritiba, além de ter ficado sete anos no futebol japonês, onde defendeu Kashima Antlers e FC Tokyo, Leandro foi anunciado como reforço do Uberlândia, em junho.
Hoje, aos 32 anos, o atacante já faz planos para pendurar as chuteiras, mesmo tendo recebido propostas para disputar o Campeonato Gaúcho.
”Para ser sincero, eu já tinha parado duas vezes, mas meu filho me pediu para voltar a jogar, que ele queria me ver. Recebi um convite agora para poder jogar o Gauchão do ano que vem. Sinceramente, preciso analisar”, começou por afirmar.
”O meu desejo é parar, mas eu não sei o que e como fazer. Ainda estou analisando. Estudo também muito mercado financeiro, gosto de ações, fundos imobiliários, bolsa de valores e criptomoedas. Quando eu parar, pretendo focar nesse segmento. Primeiro servir na minha igreja e depois continuar meus estudos”, concluiu.
Próximos jogos da seleção brasileira:
-
Bolívia (F) – 09/09, 20h30 (de Brasília) – eliminatórias para a Copa do Mundo
-
Coreia do Sul (F) – 10/10, 8h (de Brasília) – Amistoso
-
Japão (F) – 14/10, 8h (de Brasília) – Amistoso