O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy foi condenado nesta quinta-feira (25) a 5 anos de prisão por associação criminosa em um processo ligado ao suposto financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007.
Além da pena, ele terá de pagar multa de € 100 mil (cerca de R$ 624 mil) e ficará inelegível por cinco anos.
Ao deixar o tribunal em Paris, Sarkozy classificou a decisão como “injusta” e um “escândalo”. “Se querem mesmo que eu durma na prisão, dormirei na prisão, mas de cabeça erguida. Lutarei até o meu último suspiro para provar a minha completa inocência”, declarou. Segundo o ex-presidente, a condenação se baseou em um “documento falsificado”.
LISTA GRATUITA
10 small caps para investir
A lista de ações de setores promissores da Bolsa
O processo, conduzido pela juíza Nathalie Gavarino, envolve acusações de que Sarkozy e aliados receberam recursos do regime de Muammar Kadafi em troca de favores políticos e diplomáticos.
Embora absolvido de corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e uso indevido de fundos públicos, o ex-presidente foi considerado responsável por integrar um “pacto de corrupção” estabelecido em 2005.
Entre os coacusados, Claude Guéant, ex-diretor de campanha e ex-ministro do Interior, recebeu pena de seis anos de prisão. Já Éric Woerth, ex-ministro e responsável pelo financiamento da campanha de 2007, foi absolvido.
Continua depois da publicidade
Sarkozy já acumula duas outras condenações: uma por corrupção e tráfico de influência em tentativa de obter favores de um juiz, e outra por ocultação de gastos ilegais na campanha de 2012, perdida para François Hollande. Em ambos os casos, recorreu sem sucesso e chegou a usar tornozeleira eletrônica.
O ex-presidente, que perdeu a Legião de Honra, maior condecoração francesa, deve ser convocado no prazo de um mês para iniciar o cumprimento da pena. Apesar do recurso, a condenação não tem efeito suspensivo.