O Ibovespa segue como destaque no cenário doméstico, sustentando uma tendência de alta no curto prazo após renovar recentemente o topo histórico em 144.012 pontos.
Apesar do fechamento da última sessão em leve queda, em movimento de correção natural depois das fortes valorizações, o índice ainda se mantém acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, confirmando a força compradora predominante. A leitura do IFR em 62,27 pontos, próximo à zona de sobrecompra, reforça que o ativo opera esticado, o que pode gerar ajustes pontuais antes de novas tentativas de renovação de máximas.
Esse movimento reflete não apenas a continuidade do fluxo comprador interno, mas também o ambiente global mais favorável, com índices norte-americanos em trajetória de recuperação, dólar em patamar mais baixo e commodities sustentando parte do apetite por risco.
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O desafio imediato para o Ibovespa é consolidar o rompimento da faixa de resistência atual, validando espaço para projeções mais longas de valorização. Ao mesmo tempo, a manutenção de suportes-chave será determinante para evitar que um movimento corretivo mais intenso ganhe corpo.
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Análise técnica do Ibovespa
No gráfico diário, o Ibovespa reforça o viés positivo, mantendo-se em patamar elevado após a marcação do topo histórico em 144.012 pontos. O fechamento da última sessão em leve baixa sinaliza apenas uma correção dentro da tendência de alta, visto que o índice segue acima das médias de 9 e 21 períodos, ainda com certo afastamento que indica movimento esticado.
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Para dar continuidade ao fluxo altista, o índice precisará confirmar rompimento da faixa de 143.408 pontos e superar novamente o topo em 144.012 pontos. Caso consiga, os alvos projetados ficam em 144.695/145.875 pontos, com objetivo mais longo em 147.700/148.625 pontos.
Do lado oposto, para sinalizar maior correção, seria necessário romper os suportes em 142.240/141.000 pontos. Caso essa região seja perdida, a pressão vendedora tende a buscar 139.580/137.058 pontos, com projeções mais longas em 133.875 e 131.550 pontos.

Análise técnica do Dólar
O dólar futuro mantém trajetória descendente desde o fim de 2024, quando encontrou forte resistência na região de 6.704,5 pontos. Desde então, acumula queda expressiva de 17,91% em 2025, renovando mínimas ao longo do ano. Na última sessão, o contrato recuou 0,81%, encerrando a 5.370,5 pontos, em movimento que reforça a tendência negativa e confirma a negociação abaixo das médias móveis.
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O ativo marcou recentemente a mínima do ano em 5.363,5 pontos, que passa a ser um nível-chave de suporte. Caso essa faixa seja rompida, há espaço para continuidade da queda em direção a 5.287/5.278 pontos, com objetivos mais longos em 5.240/5.171 pontos.
No campo da recuperação, seria necessário superar a região de 5.400/5.431,5 pontos para abrir espaço a repiques técnicos, podendo buscar 5.478,5/5.539 pontos e, mais adiante, 5.565/5.604 pontos. O IFR em 31,10, próximo à zona de sobrevenda, sinaliza que pode haver respiro comprador após as quedas acentuadas.

Confira a análise dos minicontratos:
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Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq segue mostrando forte recuperação depois de atingir a mínima do ano em 16.542 pontos, movimento que marcou a entrada de fluxo comprador e deu início a um rally expressivo em 2025. O índice acumula alta de 14,66% no ano e já avança 2,89% em setembro, cotado atualmente em 24.092 pontos.
A quebra de resistências sucessivas mostra que o mercado ainda encontra apetite comprador. Para confirmar a continuidade da tendência, o próximo desafio é romper novamente o topo histórico em 24.137 pontos. Se confirmado, os alvos projetados ficam em 24.200/24.485 pontos, com objetivo mais longo em 24.895/25.415 pontos.
Do lado da realização, a perda da região de 23.969/23.740 pontos poderia abrir espaço para correção em direção a 22.959/22.675 pontos. Caso haja pressão mais intensa, os suportes seguintes estariam em 22.222/20.041 pontos, configurando movimento corretivo mais amplo.

Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 também reforça o cenário positivo, sustentando movimento de alta após marcar mínima de 2025 em 4.835 pontos. Desde então, o índice acumula ganho de 11,95% no ano e sobe 1,92% em setembro, cotado a 6.584 pontos. A força compradora recente levou à renovação do topo histórico em 6.600 pontos.
Se conseguir romper novamente essa máxima, o índice terá como projeções os níveis de 6.656/6.700 pontos e, em um horizonte mais longo, 6.770/6.800 pontos.
Do lado da correção, a perda da região de 6.532/6.427 pontos seria o primeiro sinal de enfraquecimento. Abaixo dessa faixa, o movimento pode buscar suportes em 6.352/6.296 pontos, com projeções de baixa em 6.201/6.147 pontos.

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Análise do Bitcoin
O Bitcoin passou por ajuste relevante após renovar o topo histórico em US$ 124.474, movimento que levou a uma correção até o suporte de US$ 107.255, ponto em que entrou fluxo comprador e sustentou reação nos últimos dias. O ativo acumula alta superior a 23% em 2025 e já avança 6,69% em setembro.
Para confirmar a retomada das altas, o BTC precisa superar a região de US$ 116.029/117.429, mirando novamente a faixa de US$ 119.954 e o último topo em US$ 124.474.
Caso esse patamar seja vencido, o ativo terá espaço para novas máximas.
No campo da correção, a perda da faixa de US$ 115.000/113.384 pode gerar pressão vendedora, com suportes intermediários em US$ 110.180/107.255 e alvos mais longos em US$ 105.100 e US$ 100.000.

IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.
Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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