A primavera, que começa nesta segunda-feira (22), exige atenção redobrada à saúde devido ao aumento de doenças alérgicas e infecciosas. A pneumologista do Programa de Assistência ao Paciente com Asma e Rinite (Proapar), da Secretaria Municipal de Saúde, Luciana Feitosa de Deus Freitas, destaca que a estação favorece a proliferação de condições como bronquite, asma, resfriados, gripes, sinusites e pneumonias.
Luciana explica que o aumento de pólen no ar e as variações de temperatura contribuem para crises alérgicas e inflamações respiratórias. Esses fatores podem deixar o corpo mais vulnerável e agravar condições como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além das patologias já mencionadas anteriormente.
“A rinite alérgica é causada, principalmente, pelo pólen das flores e árvores que desabrocham na primavera. Os sintomas incluem espirros frequentes, coriza, coceira no nariz e nos olhos e congestão nasal. Pessoas com asma podem ter crises desencadeadas por alérgenos como o pólen, ácaros (que também se proliferam em temperaturas mais amenas) e mudanças bruscas de temperatura. Os sintomas são tosse, chiado no peito e falta de ar. Já a sinusite é uma inflamação dos seios da face, que pode ser desencadeada por alergias (rinite alérgica) ou infecções virais. Causa dor facial, secreção nasal espessa e congestão. Também temos os resfriados e gripe, que embora sejam comuns o ano todo, as variações de temperatura na primavera podem enfraquecer o sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a esses vírus”, pontuou.
A especialista destaca que evitar exposição ao pólen, principalmente pela manhã; realizar lavagem nasal com soro fisiológico diariamente; usar máscara em locais com muita poeira ou vegetação; hidratar-se bem; manter uma boa higiene das mãos; evitar locais fechados e aglomerações, especialmente se estiver com sintomas; realizar limpeza dos ambientes de modo a evitar a proliferação de ácaros e mofo, além de manter a imunização em dia já garantem proteção de forma eficaz contra essas enfermidades.
“Ambientes ventilados reduzem a concentração de partículas virais e alérgenos no ar, como mofo e ácaros. Além disso, manter a vacinação em dia (gripe, pneumococo e Covid-19), evitar exposição ao frio ou mudanças bruscas de temperatura, monitorar sinais de falta de ar ou tosse persistente, manter hidratação e alimentação adequada e acompanhamento médico regular, especialmente se tiver doenças respiratórias crônicas, minimizam o problema e seus agravos, principalmente em idosos e crianças”, reiterou.
A pneumologista salientou que, para evitar agravar uma crise respiratória, é importante não se automedicar, principalmente com antibióticos; evitar exposição ao pólen, fumaça, poeira e odores fortes; não praticar exercícios físicos intensos ao ar livre; não ignorar sintomas persistentes ou falta de ar, nesses casos, procure ajuda médica e evitar mudanças bruscas de temperatura, como sair do quente para o frio sem proteção. “É importante seguir esses cuidados para prevenir o agravamento da crise respiratória e proteger a saúde pulmonar”, finalizou.