Prestes a completar um mês, a mudança no atendimento pediátrico de urgência e emergência na rede pública de Campos segue funcionando com normalidade. Desde o dia 1º de junho, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) assumiu integralmente o serviço, após a suspensão do pronto-socorro pediátrico do Hospital Plantadores de Cana (HPC), distribuindo a demanda entre unidades da própria rede, como a Clínica da Criança, o Hospital Ferreira Machado (HFM), o Hospital São José (HSJ) e as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs).
A reorganização visa garantir um atendimento mais eficiente, humanizado e acessível. No Hospital Ferreira Machado, os casos de maior gravidade continuaram a ser recebidos no pronto-socorro pediátrico, que conta com entrada exclusiva pela Avenida XV de Novembro, sete leitos e mais um leito destinado a urgências. O espaço é equipado com estrutura adequada e um ambiente lúdico, voltado ao acolhimento das crianças e seus acompanhantes.
Além do HFM, integram a rede de emergência pediátrica a Clínica da Criança que atende pacientes de 0 a 11 anos, 11 meses e 29 dias, as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) de Farol de São Tomé, Travessão e Ururaí, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Geral de Guarus (HGG), voltado exclusivamente à internação clínica.
A estrutura distribuída vem garantindo resultados. Entre os dias 1º e 22 de junho, a Clínica da Criança realizou 3.902 atendimentos. No mesmo período, o Hospital Ferreira Machado contabilizou 839 atendimentos pediátricos, enquanto o Hospital São José registrou 2.330 atendimentos. A rede tem mantido o funcionamento dentro da normalidade, mesmo diante da alta demanda.
“Com essa reestruturação, conseguimos otimizar os serviços e oferecer mais qualidade e segurança às nossas crianças. Desde que a FMS assumiu o atendimento clínico pediátrico de forma integral, não registramos nenhum óbito nas unidades. A Clínica da Criança, inclusive, nunca registrou um único óbito desde sua inauguração”, destacou o presidente da FMS, Arthur Borges.
O novo fluxo foi pensado para assegurar um acolhimento adequado à população e está sendo bem avaliada por quem passa pelas unidades. “Meu filho passou mal depois de mascar um chiclete de nicotina. Vomitou bastante, mas fomos atendidos, ele fez exames e ficou em observação. Está tudo ok”, contou Emanuele dos Santos, mãe do Bento, de 4 anos, atendido no HFM.
A enfermeira Kathelyn Ribeiro, que atua no hospital, reforçou o empenho das equipes diante da nova realidade. “Mesmo com o aumento da procura, seguimos com agilidade e eficiência. Buscamos sempre resolver rápido, acolhendo da melhor forma possível. Estamos focados em oferecer um bom serviço dentro dos padrões do SUS”, afirmou.