O CEO da Nvidia, Jensen Huang, manifestou sua decepção após reportagem do Financial Times revelar que a China proibiu o uso dos chips de inteligência artificial (IA) da empresa em seu mercado.
“Provavelmente contribuímos mais para o mercado chinês do que a maioria dos países. E estou decepcionado com o que vejo,” disse Huang.
Segundo o jornal, a Administração do Ciberespaço da China teria orientado grandes empresas locais, como ByteDance e Alibaba, a não adquirirem o chip RTX Pro 6000D, desenvolvido especialmente para o país.
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Huang afirmou que a Nvidia só pode atuar em mercados que a aceitam e destacou a contribuição significativa da empresa para o mercado chinês ao longo dos últimos 30 anos.
No entanto, ele reconheceu que as tensões políticas entre Estados Unidos e China têm impactado os negócios da companhia, descrevendo o cenário como uma “montanha-russa”. “Eles têm agendas maiores para resolver entre a China e os Estados Unidos, e eu compreendo isso”, afirmou.
A situação se agrava após o governo americano impor restrições à exportação dos chips de IA da Nvidia para a China, motivadas por preocupações de segurança nacional.
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Em agosto, houve um acordo entre o então presidente Donald Trump e a Nvidia para liberar licenças de exportação do chip H20, em troca de 15% das vendas chinesas serem destinadas ao governo dos EUA. Mesmo assim, a China segue adotando medidas restritivas contra a empresa.
Além das limitações comerciais, a Nvidia enfrenta uma investigação antitruste na China relacionada à aquisição da Mellanox, empresa israelense de soluções para data centers.
Paralelamente, Huang acompanha Trump em visita oficial ao Reino Unido, onde a Nvidia anunciou um investimento de US$ 15 bilhões em infraestrutura de IA, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico global.
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Apesar dos desafios, Huang ressaltou a importância do mercado chinês para a Nvidia e afirmou que a empresa continuará apoiando tanto o governo chinês quanto o americano enquanto as questões geopolíticas são resolvidas.