O corpo da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues será velado neste sábado (12), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. A cerimônia começa às 11h e será aberta ao público. O enterro está marcado para as 15h, no mesmo local.
Pioneira entre as mulheres no comando artístico das escolas de samba, Maria Augusta morreu na sexta-feira (11), aos 83 anos. Ela lutava contra um câncer e estava internada desde junho no Hospital São Lucas, em Copacabana. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Quem foi Maria Augusta
Atuante principalmente nas décadas de 1970 e 1980, a carnavalesca assinou desfiles históricos por escolas como Salgueiro, União da Ilha, Beija-Flor, Estácio de Sá e Imperatriz Leopoldinense.
Ficou marcada pelo refinamento estético e pela dedicação rigorosa à pesquisa dos enredos — uma combinação que ajudou a elevar o padrão artístico do Carnaval carioca.
Após se afastar dos barracões, passou a atuar como comentarista de desfiles na televisão, consolidando-se como uma voz respeitada do carnaval. Também era jurada do troféu Estandarte de Ouro.
Despedidas das escolas
Diversas escolas de samba manifestaram pesar pela morte da carnavalesca.
O Salgueiro declarou estar com o “coração em luto, mas repleto de gratidão”:
“Maria Augusta não foi apenas uma artista genial. Ela foi uma revolução inteira”, disse a agremiação.
Unidos da Tijuca, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos de Padre Miguel e Imperatriz Leopoldinense também publicaram notas exaltando a importância de Maria Augusta para a história do carnaval.
Ela era madrinha da Sinfônica do Samba, projeto da Império Serrano.
“Seu legado permanecerá vivo na memória e no coração de cada um de nós”, declarou a escola.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) também homenageou a carnavalesca nas redes sociais:
“Com talento, ousadia e sensibilidade, Maria Augusta ajudou a transformar o desfile das escolas de samba em um espetáculo de arte e cultura. Com as cores, revolucionou a nossa maior festa popular. Sua trajetória é sinônimo de beleza, inovação e devoção ao samba e às comunidades.”