O grupo hacker Everest divulgou na dark web um ultimato relacionado a um possível vazamento de dados da Petrobras, alegando ter roubado 90 GB de informações sigilosas. O ataque ocorreu após a invasão aos sistemas da empresa fornecedora SA Exploration, responsável por atividades ligadas à exploração de petróleo. O incidente foi comunicado nesta semana e gerou alerta imediato no setor de energia.
Petrobras confirma exposição pontual e responde ao ultimato
A Petrobras afirmou que houve apenas uma “exposição pontual” de dados, negando qualquer invasão direta aos seus sistemas internos. Segundo a estatal, o problema ficou restrito à SA Exploration, que teve seus servidores comprometidos. A empresa informou que monitora os possíveis impactos e reforça protocolos de proteção para evitar novos incidentes.
Dados podem incluir informações sísmicas da Bacia de Campos
O grupo hacker afirma possuir um pacote de 90 GB referente à Petrobras e outro de 176 GB da SA Exploration. Entre os arquivos, estariam imagens e descrições detalhadas de pesquisas sísmicas da Bacia de Campos, uma das áreas mais estratégicas para a produção nacional de petróleo. Caso confirmado, o episódio pode afetar competitividade e decisões de mercado.
O ataque reforça a crescente preocupação com vulnerabilidades na cadeia de fornecedores de grandes empresas. Embora a Petrobras garanta que sua infraestrutura central não foi afetada, a invasão à contratada evidencia riscos de segurança cibernética que ultrapassam os limites das companhias e atingem parceiros essenciais.
SA Exploration ainda não divulgou posicionamento detalhado
A SA Exploration não apresentou, até o momento, nota oficial aprofundada sobre o ataque. A ausência de esclarecimentos alimenta dúvidas sobre a extensão da invasão e sobre a real dimensão dos dados comprometidos. A situação também pressiona a empresa a rever protocolos internos e reforçar sua postura de cibersegurança.
Especialistas apontam que o vazamento de informações sísmicas pode alterar estratégias competitivas dentro do mercado de petróleo e gás. A exposição de dados pode gerar vantagem para concorrentes e afetar negociações, investimentos e análises de risco. A Petrobras avalia medidas para proteger operações e fortalecer auditorias técnicas.
O incidente evidencia um cenário global de aumento de ataques cibernéticos em empresas de energia. Organizações do setor lidam com grande volume de dados críticos, o que as torna alvos frequentes. Investimentos em cibersegurança, autenticação multifatorial, auditorias e planos de resposta rápida são considerados essenciais diante de ameaças cada vez mais sofisticadas.