A situação em Campos dos Goytacazes se torna cada vez mais insustentável. Neste sábado, 30 de agosto, a cidade foi novamente inundada após apenas algumas horas de chuva fraca. O que era para ser um fenômeno comum se transformou em um caos, revelando o descaso com a infraestrutura e a gestão pública, quase cinco anos após a posse do prefeito Wladimir Garotinho. (Veja o vídeo)
Choveu um volume que, à primeira vista, poderia ser considerado trivial, mas as consequências foram desastrosas, principalmente nos bairros como o Parque Prazeres e a Vila Manhães, que se tornaram sinônimos de alagamentos. O desânimo da população é palpável, especialmente quando se constata que, com a gestão atual, estratégias eficazes para mitigar esses transtornos ainda não foram implementadas, mesmo após anos de promessas.
É fácil, em meio a essa situação, direcionar a culpa à população, inspirando afirmativas que responsabilizam os cidadãos por jogar lixo nas ruas. No entanto, essa é uma simplificação perigosa e irresponsável. As condições das vias públicas são reflexo de um sistema de limpeza que deixou muito a desejar. Observa-se uma falta de garis nas ruas, que eram uma presença constante, garantindo a manutenção e a limpeza da cidade. Olhando para o que ficou, é evidente que a gestão do lixo e a limpeza urbana carecem de atenção e investimento.
Campos dos Goytacazes, uma cidade com rica história e potencial, não deve ser tratada com descaso. As promessas de recuperação e melhorias se esvaem no tempo e, com elas, a esperança de um futuro melhor. Se continuar assim, o legado histórico se tornará apenas um eco distante, submerso em águas de descaso e ineficácia.
Os cidadãos clamam por ações efetivas que não só apaguem incêndios momentâneos, mas que tragam soluções duradouras. Com a continuidade de chuvas previstas, é urgente que as autoridades abandonem a inércia e tomem posições firmes para revitalizar a limpeza das ruas e melhorar a drenagem que, se mal mantida, condena Campos a viver um ciclo de alagamentos e desilusões.