Larissa Pacheco contesta derrota para Cris Cyborg na PFL e lança desafio: ‘Ela não quer lutar’ (1:13)
Lutadora falou durante o Spaten Fight Night (1:13)
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Higor Ciconello e Vinicius Garcia, com informações da Ag. Fight
27 de set, 2025, 23:51
Beatriz Ferreira é, mais uma vez, campeã mundial de boxe. A brasileira precisou suar, mas conseguiu vencer a uruguaia Maira Moneo durante o Spaten Fight Night 2, disputado em São Paulo na noite deste sábado (27) e manteve o cinturão peso-leve (61 kg) da Federação Internacional de Boxe (IBF).
Multicampeã no boxe amador e com dois pódios em Olimpíadas, essa foi a terceira defesa de cinturão bem-sucedida da baiana de 32 anos, que agora soma oito vitórias como profissional, sendo duas por nocaute.
Ferreira chegou ao título mundial em abril de 2024, após vencer a argentina Yanina del Carmen Lescano. Em dezembro do ano passado, manteve o título após vencer a francesa Licia Boudersa. Em junho de 2025, sua vítima foi a argentina Maria Inês Ferreyra.
A vitória de Bia foi confirmada após 10 rounds bastante disputados, mas veio por decisão unânime da arbitragem (98-92,98-92 e 96-94).
Mais técnica, a brasileira superou o ímpeto inicial de Maira que, aguerrida, marchou para durante todo o combate. Apesar da resiliência, a pugilista uruguaia deu muitas brechas defensivas e foi bastante atingida por Bia. Soberana na IBF, a campeã mundial agora visa unificar os títulos da categoria contra campeãs de outras entidades.
A luta
Maira começou o duelo marchando para frente, mas foi recebida por dois cruzados de encontro desferidos por Bia. Apesar de aguerrida, a uruguaia abriu brechas para a brasileira conectar mãos duras e abrir vantagem na parcial. O assalto inicial encerrou com as duas no clinch. No segundo round, Moneo seguiu caminhando para frente, para tentar abafar a campeã. Sem desperdiçar golpes, a baiana seguiu com os melhores ataques. Nos segundos finais do round, Maira aparentemente derrubou Ferreira. Mas atento, o árbitro indicou que a brasileira apenas escorregou no ringue.
Bia ‘virou a chave’ e partiu para cima no terceiro round, com um direto em cheio no rosto de Maira. Em resposta, a uruguaia encurralou a brasileira contra as cordas com uma sequência de cruzados. Apostando no ‘dirty boxing’, Moneo conectou bons ataques na posição de clinch. Ferreira começou o quarto round balançando a adversária com um cruzado de esquerda. Sentindo o bom momento, a torcida subiu o som com gritos de incentivo para a brasileira. Mesmo sendo atingida, a uruguaia esbanjou raça e seguiu caminhando para frente.
O quinto assalto começou acelerado de ambas as partes. Com um belo overhand, Bia atingiu Maira enquanto a rival marchava para frente. Com um cruzado de esquerda, a baiana fez a uruguaia balançar no centro do ringue, levantando a torcida. Mesmo machucada, Moneo iniciou o sexto round no abafa, tentando acertar Ferreira na curta distância. Já desgastada fisicamente, porém, a uruguaia foi pouco efetiva na estratégia, recebendo golpes contundentes de Bia.
O sétimo round repetiu o roteiro dos anteriores, com Maira atacando, se expondo e sendo atingida mais vezes por Bia, que dita o ritmo do confronto. Mais estática, Moneo engoliu dois jabs em sequência no princípio do oitavo assalto. Em seguida, Bia jogou um overhand que abalou a oponente. Mais inteira, a brasileira passou a se mover lateralmente e, de guarda baixa, provocou a rival.
Visivelmente frustrada, a uruguaia seguiu tentando conectar um golpe singular para mudar a tônica do combate. Apesar do maior volume de ataques, Moneo pecou na efetividade, sendo mais contragolpeada por Bia, que apostou no overhand de direita e cruzado de esquerda como principais armas. No décimo e último round, Maira chegou a conectar um cruzado que abalou Bia, mas não deu sequência ao bom momento. Em resposta, a brasileira desferiu um direto de direita para afastar a oponente. O combate encerrou com as duas grudadas no clinch após segundos de trocação franca.