O senador Flávio Bolsonaro (PL) comandou, neste domingo (07), o ato público em Copacabana em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pró-anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Como nas últimas manifestações da direita, neste Sete de Setembro os discursos foram recheados de críticas ao PT, ao presidente Lula, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes.
Os manifestantes chegaram cedo à Avenida Atlântica e se concentraram entre os postos 4 e 5, onde ficou o trio elétrico de onde discursaram os políticos. Além das já tradicionais camisas verde-e-amarelas, também foram vistas bandeiras dos Estados Unidos e mensagens de apoio ao presidente Donald Trump, que baixou uma série de medidas políticas e econômicas contra o Brasil.
O senador disse que esta semana vai acontecer “uma covardia” e “um linchamento” — referindo-se ao resultado do julgamento de seu pai no STF. Flávio conclamou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (REP-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a aprovarem a anistia.
“Aquilo é uma farsa. Aquilo é um teatro. Porque todo mundo já sabe o resultado, não pelo que está no processo, mas porque quem vai julgar Bolsonaro dos cinco, três, são anti-Bolsonaro”, disse o senador. “E esse linchamento que vai acontecer essa semana vai trazer cada um de nós para as ruas de novo para defender a nossa liberdade, para defender a nossa democracia e para defender o maior líder político da direita que esse país já viu”.
A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro gravou um áudio, que foi reproduzido em Copacabana, assim como nas manifestações da direita em vários estados do Brasil. Michelle comparou o julgamento de Bolsonaro aos Processos de Moscou — os tribunais da ditadura stalinista que condenavam opositores ao paredão.
“Autoridades perversas prenderam inocentes… Débora do Batom, idosas, pais de família. Condenados a penas piores que as de assassinos”, disse a ex-primeira-dama. E seguiu, sem freios: “Tornozeleira no Jair, prisão domiciliar por vingança, invasão ao nosso lar. Até quando vamos suportar esses abusos?”
Em Copacabana, Castro pede que Bolsonaro seja inocentado
O governador Cláudio Castro (PL), o senador Carlos Portinho (PL), e deputados federais também discursaram. Este ano, o pastor Silas Malafaia, sempre uma estrela nos eventos pró-Bolsonaro, não esteve em Copacabana, porque optou pela manifestação na Avenida Paulista, no coração da cidade de São Paulo.
“O primeiro passo que nós queremos hoje aqui é Bolsonaro inocentado. Um homem que não cometeu nenhum crime não pode ser condenado. Estamos falando em anistia, mas esquecemos que há um inocente aqui com uma tornozeleira em casa, preso. E nós queremos, antes de falar em anistia, ver Bolsonaro inocentado”, defendeu Cláudio Castro.
