Adriano da Conceição de Lima estava em liberdade há cerca de sete anos. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ele respondeu ao processo preso entre 2014 e 2018. A partir de então, passou a acompanhar o andamento judicial em liberdade.
Os homicídios aconteceram em maio de 2014, no Assentamento Zumbi dos Palmares, em Campos dos Goytacazes.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os crimes ocorreram após uma discussão entre Adriano da Conceição de Lima e Gilcilene, que trabalhava como vendedora de perfumes.
Durante a venda, os dois se desentenderam, e a briga terminou em agressões com facadas e pauladas que levaram à morte da mulher.
O corpo de Gilcilene foi abandonado no próprio assentamento. Izabelli, filha da vítima, tinha 10 anos na época e presenciou o assassinato da mãe.
Ela foi atingida por um golpe na cabeça e morta em seguida. O corpo da criança foi ocultado no fundo de um tanque de irrigação usado para abastecer animais da região. Ele só foi encontrado quatro dias depois.
De acordo com o Ministério Público, o Conselho de Sentença acolheu as teses apresentadas pela acusação. A sentença destacou a crueldade do crime, cometido de forma fria e violenta, por meio de facadas e pauladas.
Além da pena de prisão, Adriano também foi condenado ao pagamento de multa de 20 dias, com valor proporcional ao maior salário mínimo mensal vigente na época do crime.