O final da sessão desta sexta-feira (19) pode ser marcado por forte volatilidade para fundos imobiliários, alertam gestores, em comunicado aos investidores. O movimento seria resultado do rebalanceamento de índices internacionais da FTSE Russell, líder global na criação e manutenção de índices para o mercado financeiro.
Os índices da plataforma são seguidos por ETFs em todo o mundo. De acordo com as mudanças nos indicadores, as alterações exigirão grandes ajustes no portfólio dos fundos – o que tende a influenciar no preço dos ativos tanto para baixo como para cima.
“No fechamento do mercado do dia 19 de setembro de 2025, haverá o rebalanceamento da carteira do índice internacional FTSE Russell, da qual o fundo faz parte, podendo ocorrer ajuste de composição de carteira e, eventualmente, uma volatilidade excepcional para negociação das cotas do fundo”, informou a gestão do TRX Real Estate (TRXF11), em comunicado ao mercado. “O rebalanceamento acontece de forma periódica e segue a metodologia do índice, tendo ocorrido pela última vez no fechamento do mercado do dia 20 de junho de 2025”, complementa o texto.
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Além do fundo de renda urbana, fazem parte dos índices da FTSE Russell fundos como HGLG11, CPTS11, BTLG11, MXRF11, TGAR11, HGRU11, IRDM11, HGBS11, HCTR11, RECR11, lista Kiko Hirano, especialista em fundos imobiliários e criador do canal Dicionário do Investidor, que monitora há dois anos o rebalanceamento dos índices internacionais – que ocorre a cada três meses.
“Os ETFs recebem a sinalização do índice para diminuir ou amentar a participação do ativo, os fundos simplesmente mandam as ordens e executam a venda ou a compra dos papéis”, explica. “Durante o leilão de fechamento do mercado nesta sexta-feira (19) costuma ser o período de maior concentração de ordens dos ETFs”, dá a dica.
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Hirano pondera que, em sessões como a de hoje, o investidor não deve relacionar uma forte oscilação com os fundamentos do fundo. Segundo ele, o mercado tende a corrigir os movimentos provocados pelo rebalanceamento e a cotação volta ao normal rapidamente.
No primeiro rebalanceamento de 2025, no dia 21 de março, o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) fechou com perdas de 5,24%, comportamento atípico para o fundo, que recuperou a queda nas sessões seguintes.