A Ambipar (AMBP3), que perdeu R$ 7,75 bilhões em valor de mercado nos últimos dois dias, voltou a registrar forte queda nesta sexta-feira (26). As ações da companhia de gestão de resíduos chegaram a recuar 11,33% na abertura, a R$ 6,55, entrando em leilão. Após retomarem as negociações por volta das 11h04, os papéis voltaram a leilão, com baixa de 4,67%, a R$ 7,15.
O movimento de aversão ao risco acompanha uma sucessão de eventos negativos para empresa, desde a obtenção de liminar contra credores a saída do diretor financeiro. Na véspera, os papéis despencaram 24%, após a Justiça conceder medida emergencial que protege a empresa de cobranças, em meio ao risco de colapso financeiro decorrente de uma operação com “títulos verdes” que teria gerado passivo de US$ 550 milhões.
No início da semana, a Ambipar anunciou a saída do CFO João de Arruda, substituído por Ricardo Garcia, que agora acumula também a diretoria de relações com investidores. No mesmo dia, o conselho aprovou a emissão de até R$ 3 bilhões em debêntures, com recursos destinados ao resgate antecipado de dívidas das 3ª e 6ª emissões e ao fortalecimento da estrutura de capital.
LISTA GRATUITA
10 small caps para investir
A lista de ações de setores promissores da Bolsa
O UBS BB avaliou o movimento como negativo, somando-se às preocupações sobre a rotatividade na gestão e o nível de alavancagem da companhia. O banco destacou ainda que os anúncios geraram questionamentos por parte dos investidores, já sob investigação da CVM sobre recompra de ações.
“Esperamos que as prioridades da empresa no curto prazo sejam tranquilizar os acionistas institucionais e restaurar a visibilidade no médio prazo. Enquanto isso, mantemos nossa recomendação neutra para as ações”, afirmaram Giuliano Ajeje e Henrique Simoes.
O UBS BB manteve recomendação neutra para ações da Ambipar, com preço-alvo de R$ 12.