Vários dos maiores aeroportos da Europa ainda enfrentavam interrupções na segunda-feira, depois que hackers derrubaram os sistemas de check-in automático fornecidos pela Collins Aerospace, de propriedade da RTX, afetando dezenas de voos e milhares de passageiros desde sexta-feira.
As interrupções foram causadas por um ataque cibernético, confirmou a agência de segurança cibernética da União Europeia nesta segunda-feira, acrescentando se tratar de um ataque de ransomware e destacando os riscos crescentes de tais ataques à infraestrutura e aos setores críticos.
Órgãos de aplicação da lei foram envolvidos na investigação, disse a agência Enisa em um comunicado.
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Governos e empresas têm sido alvos de ataques cibernéticos nos últimos meses, incluindo a montadora de carros de luxo Jaguar Land Rover, que teve que interromper a produção como resultado.
A Collins disse nesta segunda-feira que estava trabalhando com os aeroportos afetados, incluindo Bruxelas e Londres Heathrow, o aeroporto mais movimentado da Europa, e que estava nos estágios finais da conclusão das atualizações para ajudar a restaurar a funcionalidade total.
O aeroporto de Berlim, que estava enfrentando um número de passageiros maior do que o normal nesta segunda-feira devido à Maratona de Berlim, ainda não teve seus sistemas de check-in restaurados e relatou atrasos de mais de uma hora nas partidas.
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Um passageiro descreveu o processo de embarque como semelhante ao das primeiras décadas das viagens aéreas comerciais, com cartões de embarque escritos à mão.
O Aeroporto de Bruxelas estava usando iPads e laptops para fazer o check-in on-line dos passageiros. Dos cerca de 550 voos que partiam e chegavam, 60 tiveram que ser cancelados nesta segunda-feira, segundo a empresa.
O Aeroporto de Dublin estava sofrendo um “impacto mínimo” e tinha alguns processos manuais em vigor.
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Uma pesquisa realizada com cerca de 1.000 empresas pelo grupo industrial alemão Bitkom revelou que o ransomware — software malicioso que bloqueia os dados até que a vítima pague para ter o acesso restaurado — foi a forma mais comum de ataque cibernético, com uma em cada sete empresas tendo pago um resgate.