O vice-prefeito Frederico Paes representou o prefeito Wladimir Garotinho na abertura do Circuito Rio Mais Coop de Empreendedorismo Cooperativo, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (3), na sede do Colégio Professor Clóvis Tavares (Pró-Uni). O objetivo do evento é estimular negócios, conexões e o fortalecimento do setor na região.
“Nós precisamos criar Campos para os nossos filhos e netos. A gente precisa olhar para 20 anos, 30 anos, 50 anos na frente. Eu fico muito triste, quando eu escuto assim, a Campos foi isso, Campos já teve aquilo. Nós temos obrigação de mudar isso e tenho certeza que vamos. E juntos, sistema produtivo, sistema cooperativo, sistema comercial, nossas entidades representativas, e não é historinha de faz de conta”, declarou o vice-prefeito ao franquear a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação para idealizar projetos junto com as cooperativas.
Foto: Rodrigo Silveira
Frederico aproveitou sua fala para destacar o projeto de lei 1.440/2019, que muda a classificação climática da região para semiárido. O texto é de autoria do prefeito Wladimir Garotinho, enquanto deputado federal, e foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados e no Senado, mas foi vetado pelo governo federal. O vice-prefeito ressaltou a importância da derrubada do veto presidencial.
“O que esse projeto tem a ver com a escola? O que tem a ver com o ramo de crédito? Tudo a ver. Olhem os municípios que são contemplados com a mudança climática. No Norte do Espírito Santo estão bombando, no Norte de Minas Gerais estão bombando, que são do Sudeste. Tem nada a ver com o Nordeste. São do Sudeste, mas estão classificados como semiárido e têm os benefícios da Sudene. O que traz isso de benefício? Incentivo fiscal, crédito barato, crédito muito barato. Então, a gente também tem que juntar forças com o segmento, entender que essa mudança climática é importante, e é possível se derrubar o veto presidencial”, concluiu Frederico.
Também participaram da abertura os secretários municipais da Casa Civil, Suledil Bernardino; de Desenvolvimento Econômico, Energia e Inovação, Marcelo Neves; e de Agricultura, Pecuária e Infraestrutura Rural, Almy Junior.
“Hoje, quando falamos do desenvolvimento econômico e social, as cooperativas ocupam um lugar central, não apenas como símbolo de solidariedade, mas como o motor concreto de transformação. E aí, eu trago um resultado recente aqui do Estado do Rio de Janeiro em relação às cooperativas, considerando a importância do cooperativismo na nossa economia. Em 2024, o Rio de Janeiro tinha 198 cooperativas registradas, reunindo 239.659 cooperados e gerando mais de 14 mil empregos diretos. As cooperativas fluminenses movimentaram R$ 11,3 bilhões em receitas em 2024, um salto de mais de 88% em relação ao ano anterior. Seus ativos receberam R$ 14,5 bilhões, com crescimento de aproximadamente R$ 50 bilhões, 40,4% em relação ao ano anterior. O capital social federalizado foi cerca de R$ 1,15 bilhão, 7,9% a mais em 2023. As sobras, que é o resultado financeiro que retornam aos cooperados, alcançou a cifra de quase 240 milhões em 2024”, detalhou Marcelo Neves.
Almy também fez uso da palavra na abertura do evento. “Eu fico feliz de estar numa escola que é uma cooperativa e nós temos muita dificuldade no agro por falta de cooperativismo na nossa região. Se ainda temos cana, é porque tem uma cooperativa, se não nem cana nós teríamos. Então, o cooperativismo é uma necessidade do mundo moderno”, comentou.
Foto: Rodrigo Silveira
O Circuito Rio Mais Coop é uma realização do Sistema OCB/RJ, em parceria com o Sebrae Rio, e reuniu cooperativas, empreendedores e lideranças locais em um dia de atividades que incluem palestras, painéis temáticos e uma sessão de negócios com o Sebrae Rio. Ao longo do evento, houve também uma minifeira, com estandes de cooperativas expondo produtos e serviços.
“A região já conta com experiências de destaque no cooperativismo, como cooperativas de crédito, saúde, transporte e agro. Nosso objetivo é ampliar esse movimento, mostrar o potencial do modelo cooperativo e contribuir para o desenvolvimento econômico local”, afirma Vinicius Mesquita, presidente do Sistema OCB/RJ.