A atriz Berta Loran morreu na noite deste domingo, 28. A veterana completaria 100 anos em março. Ela estava internada no Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Em nota, a assessoria do hospital confirmou o falecimento, mas informou que não está autorizada a divulgar a causa da morte.
Berta nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1926. Chegou ao Brasil aos 9 anos, fugindo da perseguição nazista aos judeus na Europa. Tornou-se naturalizada brasileira em 1957.
Carreira
O início da carreira como atriz e comediante ocorreu em clubes da comunidade judaica. Estreou no cinema em 1955, no filme Sinfonia Carioca, dirigido por Watson Macedo. Após consolidar sua carreira no cinema e no teatro, Berta foi convidada para integrar o elenco do programa Espetáculos Tonelux, na extinta TV Tupi.
A convite de Boni, ingressou na TV Globo em 1966, para o programa Bairro Feliz, dirigido por Max Nunes (1922-2014) e Haroldo Barbosa (1915-1979). Na emissora, construiu uma longa trajetória, participando de produções que marcaram a história da televisão brasileira, como Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970-1973), Satiricon (1974-1975), Planeta dos Homens (1976-1982) e Viva o Gordo (1981).
A partir de 1991, passou a participar regularmente dos programas de Chico Anysio, especialmente da Escolinha do Professor Raimundo, onde interpretava a imigrante portuguesa Manuela D’Além Mar. Retornou à Escolinha na segunda versão do programa, em 2001, como a judia Sara Rebeca. Voltou pela terceira vez à Escolinha, interpretando Maria, novamente uma portuguesa, que contracenava com Manuel, personagem de Agildo Ribeiro.
Sua última atuação na televisão foi em A Dona do Pedaço, de 2009. Na trama de Walcyr Carrasco, Berta fez uma participação como Dinorá Macondo, mãe do personagem Juninho, vivido por Marco Nanini.