O mercado financeiro segue em ritmo intenso e marcado por movimentos contrastantes entre os principais ativos globais. No Brasil, o Ibovespa continua sustentando sua tendência de alta, renovando topos históricos e confirmando a força do fluxo comprador, mesmo diante do afastamento das médias móveis e do IFR em zona de sobrecompra.
Já o dólar futuro, em sentido oposto, mantém trajetória de baixa consistente desde o fim de 2024, pressionado pela quebra de suportes relevantes e pela força do real em meio ao ambiente externo.
No cenário internacional, os índices americanos reforçam a recuperação. A Nasdaq e o S&P 500 acumulam ganhos expressivos em 2025, renovando máximas históricas e confirmando o apetite por risco em Wall Street, enquanto o Bitcoin mantém trajetória volátil, alternando correções e repiques, mas ainda sustentando forte valorização no ano.
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Esses movimentos mostram um quadro de maior confiança nos mercados de renda variável, mas com atenção redobrada para possíveis sinais de realização após as altas recentes.
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Análise técnica do Ibovespa
No gráfico diário, o Ibovespa permanece em forte tendência de alta, tendo renovado seu topo histórico na região de 146.398 pontos. Na última sessão, o índice avançou 0,25%, encerrando em 145.865 pontos. O desempenho acumulado é de +3,14% em setembro e +21,27% em 2025, reforçando a consistência da tendência. O IFR (14) está em 71,59, em zona de sobrecompra, o que sugere possibilidade de realização após as altas recentes.
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O principal suporte imediato está em 145.495/145.000 pontos. Caso perca esse patamar, poderá buscar níveis em 143.545/141.340 pontos, com projeções mais longas em 139.580 e 137.058 pontos.
Pelo lado comprador, a superação da máxima em 146.398 pontos projeta alvos em 147.700/148.625 pontos, com extensão em 150.000 pontos.

Análise técnica do Dólar
O dólar futuro segue em trajetória de queda desde que encontrou resistência em 6.704,5 pontos no final de 2024. Em 2025 acumula baixa de 18,29%, refletindo o fluxo vendedor. Na última sessão, subiu 0,47%, aos 5.346 pontos, mas continua abaixo das médias móveis e em tendência de baixa. O IFR (14) está em 34,35, próximo da sobrevenda, o que abre espaço para repiques.
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Para retomar o movimento de alta, será necessário romper 5.351,5/5.371,5 pontos, mirando 5.400/5.431,5 pontos, com extensões em 5.539/5.565 pontos.
Pelo lado da baixa, a perda da faixa de 5.328/5.284,5 pontos pode levar o ativo a 5.278/5.240 pontos, com alvos mais longos em 5.171/5.143 pontos.

Confira a análise dos minicontratos:
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- Day Trade hoje: o que esperar dos minicontratos e do Ibovespa nesta segunda (22)
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- Minidólar (WDOV25): Confira os pontos de suporte e resistência para esta segunda (22)
Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq mostra recuperação consistente em 2025, após tocar mínima em 16.542 pontos. Desde então, acumula ganhos de +17,20% no ano e +5,17% em setembro, cotada a 24.626 pontos.
O último topo foi renovado em 24.641 pontos, e sua superação pode impulsionar o índice para 24.815/25.040 pontos, com alvos mais longos em 25.325/25.480 pontos.
Caso perca a região de 24.343/23.969 pontos, o movimento corretivo pode se intensificar, com suportes em 23.353/22.959 pontos e extensão para 22.675/22.222 pontos.

Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 também sustenta forte movimento de recuperação desde a mínima do ano em 4.835 pontos. O índice acumula alta de +13,31% em 2025 e +3,16% em setembro, sendo negociado a 6.664 pontos, próximo ao topo histórico de 6.671 pontos. Se superar esse patamar, pode projetar novas altas em 6.715/6.770 pontos e depois em 6.800/6.849 pontos.
Por outro lado, caso rompa a região de 6.600/6.532 pontos, pode abrir espaço para correções em 6.427/6.343 pontos, com alvos mais baixos em 6.296/6.201 pontos.

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Análise do Bitcoin
O Bitcoin apresentou correção após renovar máxima em US$ 124.474, recuando até o suporte em US$ 107.255, onde voltou a atrair compradores. No acumulado de setembro, sobe +6,51%, enquanto em 2025 já valoriza mais de +23%.
Para manter o fluxo de alta, precisa superar US$ 117.900/119.954, mirando novamente o topo histórico em US$ 124.474.
Caso perca US$ 114.737/113.384, poderá buscar suportes em US$ 110.180/107.255, com projeções mais longas em US$ 105.100 e US$ 100.000.

IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.
Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
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