Em quase 15 anos de listagem na B3, a empresa do ticker PRIO3 já usou três nomes diferentes. O investidor que acompanha a empresa desde o IPO, em outubro de 2010, sabe que a alocação na PetroRio e na Prio foi totalmente diferente do investimento na HRT Petróleo. A petrolífera privada passou por uma transformação relevante em 2015, movimento que agradou quem investiu na ação nos últimos 10 anos.
Desde então, a Prio “passou de uma empresa considerada de nicho no setor de óleo e gás para uma das principais referências brasileiras em produção independente”, comenta Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital.
Para mostrar o impacto da transformação no valor de mercado da companhia, Andreoli calculou, a pedido do InfoMoney, que quem investiu R$ 10 mil na Prio há 10 anos tem hoje R$ 1,17 milhão, uma valorização de 11.612%. Por outro lado, quem tem posição desde o IPO acumulou valorização de 71,99%, já que as ações derreteram até 2015.
No curto prazo, houve desvalorização. No acumulado dos últimos 12 meses, o investimento de R$ 10 mil no papel da Prio na Bolsa transformou o montante em R$ 7.845,95.
Período de aplicação | Valor bruto final* |
Desde o IPO | R$ 17.199,25 |
10 anos | R$ 1.171.210,95 |
5 anos | R$ 50.708,80 |
1 ano | R$ 7.845,95 |
A empresa não é uma grande pagadora de dividendos. A estratégia é priorizar investimentos, como compra de novos campos, para aumentar o crescimento. Portanto, o reinvestimento dos dividendos não trouxe grandes alterações nos resultados nos últimos anos:
Período de aplicação | Valor bruto final com reinvestimento de dividendos |
Desde o IPO | R$ 17.469,80 |
10 anos | R$ 1.172.564,80 |
5 anos | R$ 50.786,10 |
1 ano | R$ 7.845,95 |
Andreoli explica que a estratégia de consolidação de campos maduros aliada à eficiência e aumento de produtividade fez a companhia entregar forte expansão de produção e margens em um período em que a concorrência enfrentava dificuldades. “Esse modelo de negócios, baseado em aquisições seletivas e disciplina de capital, ajudou a Prio a se destacar e conquistar a confiança do mercado”, conclui o especialista.