Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram formalmente neste domingo (21) o reconhecimento do Estado Palestino, em um movimento coordenado que aumenta a pressão sobre Israel para aliviar a crise humanitária em Gaza.
A decisão, que ocorre às vésperas da Assembleia Geral da ONU, coloca esses países em desacordo com o governo Trump, que se opõe à medida e prefere focar na libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
A iniciativa também deve contar com o apoio de França e Portugal durante o encontro da ONU, aprofundando o isolamento diplomático do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
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Apesar disso, a ofensiva militar de Israel contra o Hamas segue intensa, com milhares de mortos e grande destruição na Faixa de Gaza, sem sinais de trégua.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que esperou a visita de Trump ao Reino Unido para anunciar a decisão, condicionou o reconhecimento a avanços em três frentes: resolução da crise humanitária, cessar-fogo com o Hamas e negociações para uma solução de dois Estados.
Starmer, ex-advogado de direitos humanos, enfrenta um delicado equilíbrio entre manter boas relações com os EUA e responder à pressão interna por uma postura mais firme em relação a Gaza.
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Enquanto isso, a escalada do conflito e as imagens de sofrimento dos palestinos têm aumentado a pressão política sobre os governos ocidentais.
No Reino Unido, o Partido Trabalhista e a opinião pública cobram ações mais contundentes, embora o governo ainda evite acusações formais de genocídio contra Israel e mantenha algumas vendas de equipamentos militares ao país.
A tensão diplomática se reflete também nas sanções britânicas contra ministros do governo Netanyahu e na possibilidade de prisão do premiê caso visite o Reino Unido, conforme leis nacionais e internacionais.
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Netanyahu reagiu com críticas duras, classificando o reconhecimento palestino como um prêmio ao “terrorismo monstruoso do Hamas” e uma ameaça à segurança regional.