
A COP, ou Conferência das Partes da UNFCCC, surgiu com o propósito de criar um debate sobre as mudanças climáticas, que, antes do advento e avanço da internet, dificilmente ganhavam destaque. Formalizada na segunda edição da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, a Rio-92, só entrou em vigor em 1994, e suas reuniões anuais passaram a acontecer em 1995, em Berlim, na Alemanha, com a COP1.
Seu objetivo principal é estabelecer um compromisso entre os 193 países e 5 territórios signatários para cooperar na luta contra as alterações climáticas. Brasil, Índia, Estados Unidos, Japão, África do Sul, Canadá, França e Alemanha são alguns dos países que concordam com os termos da convenção, que simultaneamente faz parte integral da iniciativa da ONU.
Desde que as indústrias surgiram e as fábricas foram conquistando espaço nos centros urbanos, diversos debates acerca do meio ambiente foram levantados. Uma preocupação iminente em preservar o futuro das gerações em vista dos impactos significativos que o desmatamento das florestas e a liberação de gases poluentes vêm determinando para as mudanças climáticas, que não só transfiguram a natureza como alteram a vida cotidiana da população.
Chuvas mais intensas ou sua completa ausência, altas temperaturas fora de época e estações do ano desreguladas são alguns pontos que hoje estampam o cenário mundial e que muitas entidades tentam controlar com a criação de projetos e ações que, de alguma maneira, conscientizem as autoridades e as pessoas que também são afetadas. Em vista do toque humano e da dependência que algumas empresas mantêm com a exploração do meio ambiente, o papel dessas organizações pró-natureza é continuar com o ativismo para que o conhecimento chegue a todos e algumas medidas sejam tomadas para reverter alguns processos e para que novas alternativas mais limpas e menos invasivas surjam.
O Brasil irá sediar a trigésima edição da COP em Belém, no Pará, no mês de novembro e, com grandes expectativas, vem se preparando para implementar ações climáticas concretas e acelerar os compromissos do Acordo de Paris, com foco na proteção da Amazônia e na transição para uma economia sustentável. A escolha do local também é estratégica, em vista de um reforço à importância da Amazônia, com discussões centradas na eliminação do desmatamento ilegal, na valorização do conhecimento tradicional e na preservação da biodiversidade.
Além disso, o país procura resgatar sua credibilidade ambiental e reafirmar seu papel de liderança nas discussões climáticas globais, após um histórico de inconsistências em suas políticas, e visa ainda impulsionar a bioeconomia e as energias renováveis, bem como integrar o conhecimento científico, local e tradicional nas políticas de adaptação.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.
PSC NEWS
Empreendedorismo, negócios, entretenimento, finanças, meio ambiente, pesquisa, curiosidades científicas e muita, mas muita informação. Tudo isso está na Coluna PSC News. É conhecimento na veia! Bora ficar informado?