
Estamos oficialmente a cinco meses do fim do ano de 2025, e com ele muitos fenômenos incríveis e impressionantes aos olhos leigos puderam ser contemplados. Somente no mês de julho, observamos uma conjunção planetária entre a Lua e Saturno, uma Lua Nova em Câncer e uma chuva de meteoros Delta Aquarídeos, que cruzaram o céu, deixando-o ainda mais brilhante e misterioso.
Entre esses fenômenos que costumam ocorrer, mas que ainda despertam curiosidade em grande parte do público, está o aparecimento dos cometas. O que são? Onde habitam? Como surgem? E por quê? São perguntas frequentemente levantadas desde que o famoso cometa Halley foi estudado pela ciência, ainda em seus estágios mais primitivos, entre 1696 e 1705, pelo astrônomo Edmond Halley. Sua fama se deve principalmente ao fato de ter sido o primeiro cometa com órbita prevista e confirmada em retorno periódico. Além disso, foi observado em detalhes por uma espaçonave e também pôde ser visto a olho nu.
Cometas são pequenos corpos celestes que orbitam o Sol e são formados basicamente por gelo e poeira. Eles apresentam um núcleo sólido envolto por uma nuvem de gás e partículas chamada de coma, e uma cauda característica, que lhes confere a aparência clássica, frequentemente retratada em filmes. Esses corpos são compostos por materiais muito antigos, datando do início do Sistema Solar, o que os torna valiosos para pesquisas científicas que buscam entender a origem do universo.
Estima-se que cerca de 3.881 cometas estejam viajando pelo cosmos atualmente. Eles são classificados de acordo com a duração de sua órbita em periódicos e não periódicos. O núcleo é formado por grandes fragmentos de gelo, gases congelados e poeira; a coma contém oxigênio, hidrogênio e, principalmente, água; enquanto a cauda pode se estender por milhões de quilômetros.
Os cometas periódicos completam uma volta em torno do Sol em menos de 200 anos e, em sua maioria, se originam no Cinturão de Kuiper, localizado além do planeta Netuno. O cometa Halley, por exemplo, leva cerca de 76 anos para realizar essa órbita.
Já os cometas não periódicos levam mais de 200 anos, podendo chegar a até 30 milhões de anos, para concluir sua órbita ao redor do Sol. Eles têm origem em uma região muito mais distante do Sistema Solar, conhecida como Nuvem de Oort.
Neste ano, o cometa C/2024 G3 (ATLAS) foi visível em janeiro, o C/2025 F2 (SWAN) pôde ser observado em maio, e em outubro espera-se a aparição do C/2025 A6 (Lemmon), com magnitude estimada em torno de 8, tornando-o visível com binóculos e, com sorte, até mais chamativo.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.
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