
Recentemente, a manipulação e os meios de execução da Inteligência Artificial estiveram em pauta, especialmente quanto à sua capacidade de integração quase totalmente humanóide no cotidiano da população, seja com a criação de vídeos hiper-realistas, com o surgimento de novas plataformas de edição e programas de apresentação, ou com sua forte presença no campo da pesquisa, levando a crer que o futuro será dominado por uma perspectiva mais avançada, em prol do que a tecnologia pode proporcionar.
Após uma execução cirúrgica com percentual satisfatório de atuação robótica, guiada por IA e sem a supervisão total de um especialista, e que ainda demonstrava intenções estratégicas para contornar eventuais problemas, a medicina continua a registrar saltos históricos em direção à melhoria da qualidade de vida e da saúde mundial. Nesse contexto, pesquisadores da USP em Ribeirão Preto (FMRP-USP), em parceria com a Poznan University of Medical Sciences, na Polônia, desenvolveram uma ferramenta baseada em Inteligência Artificial capaz de prever a agressividade de diferentes tipos de câncer.
A plataforma, que recebeu o nome de PROTsi, auxilia na análise de risco em pacientes com a doença. Proteínas de cerca de 1.134 amostras, referentes a 11 tipos de câncer, foram avaliadas com base em dados do Consórcio de Análise Proteômica Clínica de Tumores (CPTAC), um banco internacional de dados científicos que gera um índice indicando o quanto a doença pode evoluir e resistir aos tratamentos.
A PROTsi utiliza IA para calcular o grau de stemness, um índice que mostra o quanto a célula cancerígena se assemelha a uma célula-tronco, com capacidade de se transformar em diferentes tipos celulares do corpo. A partir dessa integração, a plataforma identifica padrões nas proteínas que têm relação direta com a agressividade tumoral, com destaque para os tumores de cabeça e pescoço, útero, mama, ovário, pulmão, rim, cérebro, cólon e pâncreas.
O valor vai de zero (baixo) a um (alto), e quanto mais próximo de um, mais agressivo tende a ser o câncer, o que também indica maior resistência aos medicamentos. Além disso, foi possível identificar a incidência epidemiológica da doença, chamando a atenção dos pesquisadores para os tumores de cabeça e pescoço, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), apresentam cerca de 40 mil casos anuais, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional. A gravidade desses casos se acentua por avançarem de forma silenciosa e serem detectados, muitas vezes, em estágio já avançado.
A pesquisa foi publicada na revista científica Cell Genomics e contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As expectativas são positivas, pois o estudo amplia a compreensão do comportamento dos tumores e apoia os médicos na escolha de tratamentos mais adequados, promovendo abordagens personalizadas para cada caso.
Escrito Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.
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