Organizações não governamentais, ativistas e grupos vinculados à pauta da negritude feminina realizam nesta sexta-feira (25/7) ações em vários estados para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Em Salvador, a programação inclui caminhada e intervenções culturais. A concentração começa a partir das 14h na Praça da Piedade e segue em direção ao Centro Histórico da capital.
Em São Paulo, a manifestação começa por volta das 18h na Praça da República, com a leitura de manifesto e apresentações culturais. Depois, o grupo sai em passeata acompanhado por 400 integrantes do Cortejo Afro Ilú Obá de Min, que há 20 anos abre o carnaval de rua da capital paulista.
Ao longo desta sexta-feira também estão previstas manifestações em Maceió, João Pessoa, Recife, São Luís, Belém, Manaus e Porto Alegre.
Já no Rio de Janeiro, a 11ª Marcha das Mulheres Negras acontece no domingo (27/7), com o mote “mulheres negras rumo a Brasília: contra o racismo, por justiça e o bem viver”. Em seguida, a manifestação segue em direção ao Leme, onde acontecem apresentações de Jongo, Afoxé, danças afro-brasileiras, além de exposições de arte e artesanato.
O 25 de julho foi instituído como data de luta feminista antirracista em 1992, no primeiro Encontro de Mulheres Negras do continente, realizado na República Dominicana. Nessa data também é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela, em homenagem a liderança quilombola do século XVIII que foi reconhecida heroína da pátria em 2014 por ter sido uma das mais antigas lideranças da luta pela extinção do escravismo colonial.
As marchas também irão funcionar como um chamado para a segunda Marcha Nacional de Mulheres Negras, prevista para 25 de novembro, em Brasília. A mobilização faz parte da programação “Julho das Pretas” deste ano.