A Defesa Civil Municipal e as secretarias de Assistência Social e Cidadania; Meio Ambiente e Sustentabilidade; Guarda Civil Municipal e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em uma ação integrada com o Ministério Público Estadual, realizaram um mutirão de limpeza em uma residência localizada na Avenida Cora de Alvarenga, Parque Corrientes, nesta quarta-feira (16). A moradora E.C.V.S, de 51 anos, acumulava materiais recicláveis e inservíveis, que foram recolhidos em quatro caminhões, sendo dois com recicláveis e dois com lixo e entulho.
A superintendente de Limpeza Pública, Simone Muniz, explicou que a ação tem o amparo do Ministério Público. “É uma ação conjunta. A Assistência Social faz a abordagem e as demais secretarias se unem para a ação, cada uma na sua área. As equipes atuaram durante todo o dia. Nossos colaboradores foram com máquina e caminhão, ajudando a fazer a retirada do material”.
Apesar da maioria dos itens encontrados acumulados em residências não ter valor imediato, as equipes fazem um trabalho de triagem. Foram retirados cerca de 1.400 quilos de material reciclável da casa de E.C.V.S, sendo enviado para a cooperativa. O valor obtido da venda será repassado para a moradora.
O secretário de Defesa Civil, Alcemir Pascoutto, falou da importância da participação da população em denunciar e buscar ajuda para os acumuladores. “Durante a execução do serviço, ficou evidente que o acúmulo de materiais na residência não aconteceu em um ou dois dias. É um processo que se desenvolveu ao longo do tempo, afetando diretamente os moradores do entorno. Essas pessoas, infelizmente, ficam expostas a riscos constantes à saúde, como a proliferação de transmissores de doenças”.
O coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos, explicou que as ações em residências de acumuladores compulsivos começam a partir de denúncias anônimas da população ou após vistorias realizadas por agentes de combate a endemias.
“Quando identificamos o acumulador, fazemos um relatório, que é encaminhado ao Ministério Público, que determina a intervenção. As ações são sempre em conjunto com outras secretarias municipais e, enquanto essas ações não acontecem, fazemos o trabalho de controle de arboviroses por meio do Ponto Estratégico, com visitas quinzenais. O acúmulo excessivo de itens coloca em risco não só a saúde dos moradores da casa, mas também de toda a comunidade ao redor”, explicou o coordenador.
Além do Parque Corrientes, as equipes realizaram nos últimos meses, intervenções em Goitacazes, no Parque Bela Vista e ainda na comunidade Tamarindo, no bairro Jardim Maria de Queiroz. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo número de telefone do CCZ, (22) 98173-0107, ou por meio do Ministério Público e das secretarias envolvidas.