Presidente de LALIGA dispara contra Mundial de Clubes, fala em fracasso e cita dano do futebol europeu

Presidente de LALIGA, Javier Tebas reforçou mais uma vez ser contrário ao Mundial de Clubes. Em entrevista à ESPN, o cartola, que já tinha chamado a competição de “absurda” e até mesmo criticado os impostos em cima da premiação, afirmou que a disputa é um “fracasso” e citou os clubes europeus como os mais prejudicados.

Tebas enfatizou que a carga de jogos é enorme e que 60 mil jogadores que atuam na Europa serão prejudicados se o ritmo continuar assim. Além de ter citado o fracasso financeiro com a competição.

“De modo geral, acho que podemos chamar o aspecto econômico de um fracasso, embora, bem, seja cansativo vender muito mais. Direitos audiovisuais, essa é uma história. Como eles fizeram história. Quando olhamos para os direitos audiovisuais, os patrocinadores, que tiveram que convencer muita gente sobre quem patrocinam, e, finalmente, a venda de ingressos, bem, vimos que eles também tiveram um torneio com 100 lugares e tinham expectativas de preço iniciais”, disse.

“Minha avaliação é que esta competição foi forçada sem qualquer acordo das ligas, e isso é seriamente prejudicial para o ecossistema do futebol global, mas ainda mais para o futebol europeu. Estamos vendo times reclamando que não têm tempo para uma pausa ou pré-temporada. O dinheiro será transferido de um lugar para outro, o que prejudicará 60.000 jogadores na Europa se esse ritmo continuar”, prosseguiu.

O mandatário de LALIGA ainda falou que o risco para os jogadores e as próprias ligas é maior do que o benefício em si com a competição.

“Com certeza. Temos que ter em mente que, quando falamos com jogadores, às vezes pensamos apenas nos jogadores que jogam 60 partidas ou naqueles que conquistam o mundo a cada temporada. Esse é um grupo, ou seja, de jogadores. Temos que analisar o risco para o ecossistema do futebol. No outro país, isso é comum para jogadores profissionais, como aqueles que ganham € 2 milhões por mês, jogadores que ganham € 2 milhões por mês. Isso prejudica a todos; talvez aqueles que ganham € 2 milhões sejam os que têm um fardo inicial muito significativo, e coloca em risco a indústria do futebol que construímos ao longo de muitos anos, o que permitiu que aqueles € 60 e € 40 milhões fossem ganhos, suas famílias, treinadores, veículos de comunicação, tudo. Se isso continuar a médio prazo, a indústria do futebol nas outras Ligas Nacionais se unirá”, finalizou.

Onde assistir à final do Mundial de Clubes?

A final do Mundial de Clubes entre Chelsea e PSG, no domingo (13), às 16h (de Brasília), tem transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.