
Não é novidade para ninguém quando dizemos que a Inteligência Artificial vem se superando e quebrando barreiras, que para uns pode assustar e, para outros, significar um salto cada vez mais sólido para as tecnologias autossuficientes e criar uma perspectiva muito positiva para a ciência e para a pesquisa. De um tempo para cá traz aspectos que podem beneficiar a humanidade e auxiliar atividades básicas do dia a dia, como a produção de um texto ou decifrar a complexidade de um teste, por exemplo.
Recentemente, o ramo da saúde determinou avanços que foram concebidos pela computação e representaram um passo importante para a medicina. Nesta quarta-feira (09), a revista Science Robotics publicou um estudo revelando que pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô guiado por IA que realizou por conta própria uma cirurgia em tecido humano, sem nenhuma interferência do homem, no qual removeu vesículas biliares de um paciente com uma taxa de sucesso similar à de um especialista.
O procedimento foi executado por um robô chamado SRT-H (Hierarchical Surgical Robot Transformer), treinado com técnicas de condução equivalentes às que alimentam o ChatGPT e a OpenAI. Tratava-se de uma colecistectomia, ou seja, retirada da vesícula biliar, órgão que armazena a bile, localizado abaixo do fígado, e, diferentemente do que se esperava de um dispositivo sem reflexos próprios, essa versão demonstrou tomar decisões intuitivas e adaptar-se a cenários imprevisíveis.
A IA em questão foi treinada assistindo a vídeos de cirurgiões reais, com legendas que descreviam as próximas ações, além de reagir a comandos por voz da equipe, como um residente seguindo orientações. Apesar de mais lento do que um médico real, a técnica foi considerada exemplar, e este robô representa a evolução do STAR (Smart Tissue Autonomous Robot), que, em 2022, fez sua primeira cirurgia em um animal vivo e ainda precisava de marcações e roteiros fixos.
O SRT-H operou oito vesículas de corpos humanos já falecidos e encarou situações de emergência, como alterações anatômicas e a presença de fluidos parecidos com o sangue. Com certeza, a experiência foi um determinante para esses estudiosos que, além dos benefícios gerados para a área da saúde, poderão contribuir para outros experimentos, testando a prática desses robôs em outras atividades, que talvez envolvam soluções de problemas em construções ou no desenvolvimento de peças para veículos.
O céu é o limite para a ciência e para a mente humana, que, com a ajuda da variedade de sistemas, vão mudar o mundo.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.
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