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O colapso da saúde em Campos dos Goytacazes ganhou mais um capítulo grave nesta sexta-feira (11), quando o vereador Marquinho Bacellar (União Brasil) esteve no Ministério Público para apresentar novas denúncias contra a gestão do prefeito Wladimir Garotinho. Em reunião com a promotora Maristela Naurath, da 3ª Promotoria de Tutela Coletiva, o parlamentar entregou documentos que, segundo ele, revelam um cenário de abandono, omissão e possíveis irregularidades que vêm se arrastando há anos.
“A promotora ficou assustada com o que viu. E com razão. A população está sofrendo sem médico, sem remédio e sem atendimento digno. É um descaso completo com a vida humana”, disparou Marquinho em entrevista a um veículo de imprensa local (Manchete RJ).
As denúncias incluem falta crônica de medicamentos, médicos ausentes e hospitais sem o mínimo de insumos, como relatado por inúmeros moradores nas redes sociais e no gabinete do vereador. “A pergunta que não quer calar é: quando a saúde de Campos funcionou bem na gestão Wladimir Garotinho? O cofinanciamento estadual é só um capítulo recente. O caos é generalizado desde o começo”, criticou.
O vereador também revelou situações alarmantes, como a de médicos fantasmas supostamente lotados no Hospital Geral de Guarus (HGG), mas residindo fora do estado. Além disso, apontou um aditivo de R$ 16 milhões a uma empresa contratada pela Prefeitura, assinado em maio mas só publicado quase três meses depois. “Essas manobras são no mínimo suspeitas. Enquanto falta gaze nos hospitais, tem contrato milionário sendo aditivado nas sombras”, alertou.
Marquinho afirmou ainda que, apesar da promessa de resolução do impasse com o Estado, Wladimir segue alimentando um discurso de caos para se vitimizar e jogar a culpa nos outros. “Quer fazer politicagem com um tema tão sério como a saúde pública. Está mais preocupado com narrativa do que com vidas.”
A população segue aguardando respostas enquanto a saúde afunda e os milhões circulam por debaixo dos panos. O Ministério Público garantiu que dará continuidade às investigações. Agora, cabe ao povo cobrar quem deveria estar cuidando da cidade e não fazendo jogo político com o sofrimento de milhares.