
Durante décadas, o ideal de celebridade no Brasil e no mundo esteve atrelado à imagem controlada, carismática e sempre sorridente. A estrela era construída para ser adorada, e tudo que ameaçasse essa aura — escândalos, opiniões controversas, comportamentos fora do “aceitável” — era minimizado por equipes de assessoria. Mas os tempos mudaram. Uma nova geração de figuras públicas vem desafiando esse modelo, cultivando carreiras sólidas sem a necessidade de serem “gostáveis”.
Esses nomes surgem no meio musical, nas redes sociais, no cinema e até nos realities shows, e têm algo em comum: não fazem concessões para parecerem mais simpáticos. Eles enfrentam o público, batem de frente com a imprensa, e ainda assim conquistam milhões de seguidores. O que está acontecendo? O que mudou na lógica da fama?
O fim da unanimidade
Vivemos um tempo em que a transparência, mesmo que incômoda, vale mais do que a tentativa de agradar a todos. Celebridades como Doja Cat, Billie Eilish, Karol Conká e MC Pipokinha já provaram que é possível construir marcas fortes com base na rejeição de expectativas externas. Em vez de cultivarem a imagem da “pessoa perfeita”, elas apostam em conflitos, rupturas e discursos que desafiam convenções.
Essa atitude tem raízes no cansaço do público com o conteúdo polido e previsível. A internet, em especial o TikTok e o Twitter, acostumou o espectador a uma linguagem direta, com falhas expostas e emoções contraditórias. A audiência já não espera coerência, mas presença — mesmo que seja atravessada por contradições. Isso abriu espaço para a celebridade “imperfeita”, que brilha justamente por não tentar se encaixar.
O papel da performance e do risco calculado
Parte desse fenômeno está ligada ao domínio da performance. Muitas dessas celebridades sabem exatamente o que estão fazendo. Seus gestos “espontâneos” são, muitas vezes, ensaiados com precisão. O discurso provocador, a escolha de um look exagerado, a resposta atravessada ao vivo — tudo faz parte de uma construção pensada, mas que se apresenta como visceral. A autenticidade, aqui, não está em ser “natural”, mas em manter-se fiel à própria narrativa.
Um paralelo interessante pode ser feito com o conceito de risco constante, como aquele presente na dinâmica do jogo Aviator, em que o usuário precisa decidir quando parar antes que o voo simbólico atinja o ponto de queda. A tensão entre impulso e estratégia, entre se expor ou se recolher, se tornou parte essencial da lógica contemporânea da fama.
Mais informações podem ser encontradas em: https://www.vbet.bet.br/pb/casino/game-view/806666/aviator
Essa relação entre cálculo e impulso é visível em muitas trajetórias atuais — artistas que testam os limites do público, depois recuam, reinventam-se e voltam com força ainda maior.
Rejeição como parte do branding
Outra mudança significativa é a aceitação da rejeição como parte do pacote. Hoje, ser polêmico pode ser mais eficaz do que ser popular. O buzz gerado por críticas, memes, cancelamentos e discussões rende mais atenção do que elogios mornos. O “ser odiado por uns” passou a ser encarado como recurso de visibilidade, e até como sinônimo de relevância.
Isso não significa que todas as celebridades polêmicas estão fadadas ao sucesso. Há uma linha tênue entre autenticidade e arrogância, entre desafio e desrespeito. O que define quem sobrevive e quem desaparece é, muitas vezes, a consistência da narrativa. Quando o personagem público ressoa com algo genuíno — ainda que desconfortável —, ele encontra espaço.
A fama como laboratório de identidade
Por fim, vale observar que essa nova postura também dialoga com transformações mais amplas na sociedade. O culto à imagem impecável deu lugar à valorização da individualidade. A fama deixou de ser sinônimo de perfeição aspiracional e passou a funcionar como laboratório de identidade. Celebridades hoje são vistas quase como estudos de caso vivos — seres em processo, em transição, em conflito.
O resultado é um ambiente midiático mais caótico, mas também mais honesto. Se antes esperávamos que nossos ídolos fossem modelos de conduta, agora queremos que sejam espelhos — mesmo que fragmentados. E, nesse espelho rachado, a autenticidade deixou de ser opcional para se tornar a chave do engajamento.